Sábado, 6 de dezembro de 2025
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Apesar de declarar que o governo iraniano apoia “orgulhosamente” a causa palestina, Teerã negou nesta segunda-feira (09/10) envolvimento com os ataques do grupo islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza, contra Israel. 

De acordo com o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Nasser Kanaani, o país não interfere “nos processos decisórios de outros países, incluindo a Palestina”. 

Já a missão do Irã nas Nações Unidas (ONU) disse que o país “não está envolvido na resposta [a Israel], que foi conduzida apenas por palestinos”. “A ação da resistência palestina foi uma defesa plenamente legítima contra os crimes e as usurpações do ilegítimo regime sionista”, ressaltou.

As ações foram deflagradas no sábado (07/10) com uma ampla operação militar contra territórios que pertenciam à Palestina, mas que foram ocupados por colonos israelenses nos últimos anos. O ataque já provocou cerca de 800 mortes em solo israelense e 413 palestinos. 

A ofensiva foi liderada pelo comandante militar do Hamas, Mohammed Deif, que apareceu em um vídeo difundido nas redes sociais dizendo que cinco mil foguetes haviam sidos disparados contra o território ocupado, e que esse seria “apenas o começo de uma nova estratégia do movimento na luta contra a opressão israelense”.

Contra a ação, ainda no sábado, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou o início da operação “Espadas de Ferro”, que consiste em uma nova série de bombardeios à Faixa de Gaza, território controlado pela Autoridade Nacional Palestina (ANP).

Missão do Irã na ONU disse que 'ação' do Hamas foi uma 'defesa plenamente legítima contra os crimes e as usurpações do ilegítimo regime sionista'

Israel Defense Forces

Após ação do Hamas, forças israelenses iniciara operação ‘Espadas de Ferro’, que consiste em uma nova série de bombardeios à Faixa de Gaza

O Irã negando participação no ataque do Hamas, o grupo xiita Hezbollah, por sua vez, apoiado por Teerã, garantiu que não vai intervir no conflito, “a menos que Israel cometa uma agressão” contra o Líbano.

O movimento também desmentiu o lançamento de mísseis em direção ao território israelense, após uma TV saudita ter noticiado o disparo de 12 foguetes a partir do sul libanês.

O que aconteceu?

Na manhã de sábado, o grupo de resistência palestina Hamas iniciou um bombardeio dos territórios palestinos ocupados, no qual foram disparados cerca de 5 mil foguetes.

A ação provocou uma rápida resposta de Israel, que lançou forte ofensiva militar aos territórios da Faixa de Gaza e de Jerusalém Oeste, a qual pode ser considerada ilegal, já que não conta com o respaldo da comunidade internacional.

Nesta segunda-feira (09/10), os combates seguem, e Israel afirmou que retomou o controle total das localidades atacadas no sul. Segundo um novo balanço, mais de 700 israelenses e 413 palestinos morreram, enquanto os ataques deixaram mais de 2.300 feridos.

(*) Com Ansa.