‘Ajuste desumano, brutal e desnecessário’: Alberto Fernández responde insultos de Milei

O ex-presidente da Argentina Alberto Fernández respondeu aos insultos do atual mandatário Javier Milei, que o chamou de “fantoche” e “descarado”, durante sua participação em evento de gala nesta quarta-feira (24/04).

“Você ouviu falar do fantoche? Fizemos um reajuste de 7 pontos do PIB [Produto Interno Bruto] e o atrevido diz que foi insignificante”, disse Milei, referindo-se a Fernández.

Diante disso, a resposta de Fernández veio através de uma publicação nas redes sociais: “você também deve saber que meu cachorro não me aconselha (e está vivo), que as ‘forças do céu’ não me enviam sinais e que minhas ações e reações são resultado de reflexão e não de alterações psicológicas”, disse o ex-presidente em provocação a Milei, por suas declarações de que se comunica com seu animal de estimação falecido para receber orientação.

Si el presidente se refirió a mí llamándome “títere” quiero decirle que no lo soy, no lo fui ni lo seré. También debe saber que mi perro no me aconseja (y está vivo), que las “fuerzas del cielo” no me mandan señales y que mis acciones y reacciones son el resultado de la reflexión… https://t.co/pRLioLwfOH

— Alberto Fernández (@alferdez) April 25, 2024

“Eu não disse que seu ajuste é insignificante. Seu ajuste é desumano, brutal e fundamentalmente desnecessário”, explicou Fernández.

Wikicommons
Fernández questionou saúde mental de Milei em resposta de insulto

O ex-presidente ironizou ainda o seu “receio de que o presidente continue a obter informações do Jumbo bot” , referindo-se a quando Milei e o ministro da Economia, Luis Caputo, citaram dados falsos criados por uma ‘pegadinha’ na internet sobre deflação no país.

“Chega de mentira, presidente. Já foi provado que a mentira tem pernas curtas”, finalizou Fernández na publicação que mencionava a postagem de outra conta com uma imagem da série de animação Os Simpsons, em que há cadáveres e destruição nas ruas, com a legenda “Pronto, há déficit zero”.

Desde a posse de Milei, em dezembro passado, a Argentina vive sob um pacote de medidas e cortes de gastos no país, o Decreto de Necessidade e Urgência (DNU), que têm afetado os empregos, educação, saúde, transporte e alimentação dos cidadãos argentinos.

(*) Com Rt en español