Sábado, 6 de dezembro de 2025
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Um estudo realizado em plataformas digitais revelou que a grande maioria dos usuários percebe o governo do presidente argentino Javier Milei como corrupto, após o vazamento de uma gravação de áudio que vincula os termos “família presidencial”, “medicamentos” e supostas irregularidades.

A gravação, que envolve Karina Milei, irmã do presidente, e seus primos Martín e Luule Menem, gerou uma onda de reações nas redes sociais. Segundo o relatório de análise emocional elaborado pela consultoria Horus, 86% dos comentários no Instagram e no Facebook descrevem o governo como corrupto.

Em contrapartida, 11% dos usuários defendem o partido no poder, atribuindo o escândalo a uma manobra do kirchnerismo, amplificada pela mídia e pelos jornalistas que — segundo essa visão — buscam explorar o caso para fins eleitorais.

Apesar da gravidade das acusações, os processos não prosperaram na Justiça por falta de provas concretas. Isso reforçou a narrativa entre os apoiadores de Milei de que se trata de uma estratégia para enfraquecer sua imagem antes das eleições legislativas.

Nesse contexto, a manipulação do debate digital ganhou destaque. Diversos analistas apontam que trolls financiados pelo Estado — ou usuários agindo organicamente — intervêm para desviar a atenção do público , polarizando a conversa e desviando o foco da informação.

No entanto, desde que o áudio foi divulgado, esses atores digitais têm se mantido discretos , assim como a maioria das autoridades e a própria Karina Milei, que apareceu em eventos públicos sem se referir ao assunto.