Sábado, 6 de dezembro de 2025
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Em pronunciamento ao país realizado nesta sexta-feira (13/10), o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu afirmou que a ofensiva militar do país à Faixa de Gaza “está apenas começando” e prometeu “erradicar” o Hamas da cidade.

Segundo o premiê, “os inimigos de Israel irão se encontrar nos próximos dias com uma força sem precedentes”.

“Não vou detalhar agora o que está para vir, mas gostaria de dizer a todos os meus compatriotas que este é apenas o começo. Vai levar tempo, mas nós vamos conseguir a vitória, e vamos sair deste momento mais fortes do que nunca”, acrescentou Netanyahu.

No pronunciamento, o premiê garantiu que a operação militar lançada por Israel “conta com o apoio da comunidade internacional”, mas citado nominalmente apenas três desses aliados: os Estados Unidos, o Reino Unido e a União Europeia.

Palestinos tentam fugir do que pode ser um massacre da população na cidade; autoridades da comunidade árabe reforçam discurso de ‘segunda Nakba’

Human Rights Watch

Mísseis israelenses deixam rastro de fumaça antes de atingirem alvos civis no Centro de Gaza

Segunda Nakba

Enquanto isso, a Autoridade Nacional Palestina (ANP) tem reforçado que a ordem de evacuação de Gaza dada pelo governo israelense pode ser transformar em uma segunda Nakba.

A palavra “Nakba” (que significa “catástrofe” em idioma árabe) é usada para se referir ao grande êxodo palestino de 1948, quando mais de 700 mil pessoas foram obrigadas a abandonar o território para permitir a criação do Estado de Israel.

O primeiro a usar o termo foi o líder da ANP, Mahmoud Abbas, logo após uma reunião com o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken. “Para defender a segurança e a paz da população palestina é preciso frear as agressões de Israel, e não obrigar palestinos a abandonar sua terra”, ressaltou o mandatário árabe.

O Ministério de Relações Exteriores da ANP publicou uma nota dizendo que “a ameaça feita pelo governo de Israel desafia as regras da guerra e os princípios básicos de humanidade, afetando a vida de milhões de pessoas”.