Sábado, 6 de dezembro de 2025
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A ex-presidente brasileira Dilma Rousseff foi recebida nesta quarta-feira (26/07) pelo mandatário da Rússia, Vladimir Putin, em um encontro realizado na cidade de São Petersburgo.

A reunião entre as duas autoridades ocorre na véspera do início da cúpula entre a Rússia e os países da África, na qual a ex-mandatária brasileira irá representar o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, também conhecido como Banco do Brics), que ela preside desde abril.

No encontro com Dilma, Putin ressaltou a experiência da sua convidada como presidente do Brasil (entre 2011 e 2016), afirmando que essa capacidade será importante para “enfrentar o difícil cenário econômico atual, no qual o dólar vem sendo utilizado como um instrumento de luta política”.

Putin também enfatizou que o Brics tenta se estabelecer no mundo como uma entidade capaz de ajudar os países em desenvolvimento sem apoiar conflitos internos nos mesmos, e que espera que o trabalho do NDB na gestão da brasileira reforce essa posição.

Líder russo recebeu a presidente do NDB na véspera da Cúpula Rússia-África e alertou que a brasileira terá que ‘enfrentar cenário em que o dólar é usado como arma política’

Reprodução/ @NDB_int

Dilma representou o NDB em conversa com Putin, com a cúpula do Brics na pauta

“Os membros da nossa organização (Brics) não fazem conluio contra ninguém, pois trabalham apenas por seus interesses mútuos. Isso vale também para a esfera financeira”, afirmou o mandatário russo.

Outro projeto que Putin destacou na reunião foi o da criação de um sistema de pagamentos em moedas nacionais entre os países do Brics, o que, segundo ele, “pode desempenhar um papel fundamental no desenvolvimento de um cenário mais justo para o comércio internacional”.

Viagem de Dilma

A presença da presidente do NDB na Rússia também servirá como prévia da Cúpula do Brics, que acontecerá entre 22 e 24 de agosto na cidade de Johanesburgo, na África do Sul.

Durante a Cúpula Rússia-África, Dilma deve se reunir com o presidente sul-africano Cyril Ramaphosa, que será anfitrião do evento anual do bloco.

Vale lembrar que a cúpula do Brics não contará com a presença de Putin, já que o Kremlin anunciou oficialmente, dias atrás, que o mandatário russo não pretende viajar para Johanesburgo – se especula que a decisão tenha sido tomada em função das ameaças de prisão por parte de organismos internacionais ligados a países do Ocidente, que acusam o líder russo por crimes que teriam sido cometidos durante o conflito com a Ucrânia.