Sábado, 6 de dezembro de 2025
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A Venezuela declarou, nesta terça-feira (11/07), apoio às denúncias de Cuba relacionadas à “falta de transparência e à conduta manipuladora” da União Europeia na preparação da Cúpula entre a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e a UE

O ministro das Relações Exteriores do país, Yván Gil, publicou nas redes sociais uma declaração a respeito das denúncias cubanas, alertando que a conduta da UE “coloca em risco o sucesso da reunião”. 

Segundo as denúncias de Havana e Caracas, a União Europeia tem organizado “uma série de eventos paralelos, sem a devida coordenação com nossos países”, o que pode ser usado para alimentar a agenda de grupos políticos europeus que são contrários aos objetivos da cúpula entre a Celac e a UE.

O chanceler venezuelano também alertou que a parte europeia “decide por conta própria quem serão os representantes da América Latina e do Caribe nos eventos” e que “tal comportamento é desrespeitoso e cria condições para que esses fóruns se tornem palcos de ataques e singularizações contra os países membros da Celac”.

Caracas e Havana apontam que países europeus apresentam 'falta de transparência e à conduta manipuladora' nos preparativos da reunião bilateral

Wikicommons

Respaldo às denúncias cubanas foi feito por chanceler da Venezuela, por meio das redes sociais

Os países avaliam tal movimento como uma “pretensão da União Europeia de minimizar o papel dos Estados soberanos da região”.

Os países latino e caribenho lembram que assumiram o compromisso de presença na reunião com o “espírito construtivo” de contribuição “com base no respeito, compromisso mútuo e cooperação entre as regiões” para que seja construída uma “agenda de longo prazo, para o benefício compartilhado de nossos povos”.

Na última segunda-feira (10/07), o chanceler cubano Bruno Rodríguez fez declarações públicas sobre o comportamento dos países europeus, que pode “comprometer a possibilidade de acordos finais na Cúpula”. 

Rodríguez, por outro lado, destacou que não houve avanços nas relações bilaterais e que, no último período, “até retrocederam”. No entanto, afirmou que a Cúpula pode ser uma oportunidade para começar a mudar esse cenário, mas que estas denúncias apresentam “motivos para preocupação”. 

A III Cúpula de Chefes de Estado e de Governo CELAC – União Europeia, será realizada em Bruxelas, na Bélgica, nos dias 17 e 18 de julho, após oito anos sem realização de nenhum encontro. 

(*) Com TeleSUR