Sábado, 6 de dezembro de 2025
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Através de um comunicado difundido nesta segunda-feira (12/04) o governo de Cuba afirmou ser “uma falsidade” a acusação dos Estados Unidos de que a China teria instalado um suposto centro de espionagem na ilha socialista, para utilizá-la como base estratégica contra o país norte-americano.

O comunicado é uma resposta à declaração do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, feitas nesta mesma segunda, sobre uma “estratégia desenvolvida em silêncio para desativar os trabalhos de espionagem dos chineses em Cuba, e que deu resultados”, segundo o funcionário de Washington.

Seu homólogo cubano, o chanceler Bruno Rodríguez Parrilla, disse que a acusação norte-americana “é mais uma operação de desinformação, visando criminalizar dois países que eles (Estados Unidos) consideram inimigos, e no nosso caso, o objetivo é servir de pretextos para manter o bloqueio econômico e as medidas de pressão máxima que vêm sendo reforçadas nos últimos anos, e que são objeto de crescente rejeição internacional, até mesmo dentro dos Estados Unidos”.

Rodríguez Parrilla também enfatizou que “a posição de Cuba sobre esta questão é clara e categórica: estas declarações não têm fundamento”.

“Cuba não é uma ameaça para os Estados Unidos nem para nenhum país. Pelo contrário, os Estados Unidos é que aplicam uma política que diariamente ameaça e pune a população cubana como um todo”, acrescentou o chanceler.

Países socialistas manifestaram repúdio às insinuações de suposto centro de espionagem na ilha caribenha: ‘pretexto para manter bloqueio econômico’

Ministério das Relações Exteriores de Cuba

Chanceler cubano Bruno Rodríguez Parrilla acusou Estados Unidos de usar ‘promover nova operação de desinformação para criminalizar países’

Antes da declaração de Blinken, o tema já havia sido levantado por uma reportagem do diário norte-americano The Wall Street Journal , publicada na quinta-feira (08/06), sobre um suposto acordo com a China para instalar uma base de espionagem na ilha.

Na ocasião, a China foi a primeira em responder à denúncia, através do porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin. “Como todos sabemos, desinformação e calúnia são táticas comuns dos Estados Unidos, para justifica a interferência arbitrária nos assuntos internos de outros países”, alegou o funcionário asiático.

Wang também lembrou que a única base estrangeira dentro do território cubano é a que os Estados Unidos mantêm em Guantánamo, “ocupada ilegalmente há muito tempo e usada para atividades que, segundo algumas organizações, violariam os direitos humanos, enquanto esse país sofre com um bloqueio econômico também promovido por Washington”.

“Os Estados Unidos devem refletir sobre si mesmos, parar de interferir nos assuntos internos de Cuba sob a bandeira da ‘liberdade’, ‘democracia’ e ‘direitos humanos’, e levantar imediatamente o embargo econômico, comercial e financeiro”, defendeu o porta-voz chinês.

(*) Com informações de TeleSur e Xinhua