Quarta-feira, 24 de dezembro de 2025
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Na sequência da 77ª Assembleia Geral das Nações Unidas, teve início a sessão do Conselho de Segurança da ONU nesta quinta (22/09), no qual Wang Yi, ministro das Relações Exteriores da China, demonstrou uma posição moderada sobre a guerra na Ucrânia e convocou as partes envolvidas diretamente no conflito “ao diálogo”.

Para o chanceler chinês, “a soberania, integridade territorial, as propostas e princípios da Carta das Nações Unidas, deveriam ser respeitadas, bem como as preocupações justas sobre segurança devem ser todas levadas em consideração”.

Wang também considera que “atrasar soluções para a crise não é de interesse nem da Ucrânia, nem da Rússia”.

Para buscar uma solução imediata do conflito, a China apresentou quatro propostas, sendo “principal prioridade para as partes a retomada o diálogo, sem pré-condições”. 

Além disso, o representante chinês também instou ao “trabalho junto pela desescalada do conflito”, de forma que Kiev e Moscou “evitam aumentar tensões” e convocando a comunidade internacional a “criar condições para entendimento político mútuo”. 

Mencionando possíveis usos de armas nucleares, o ministro reiterou que “acidentes e riscos devem ser prevenidos”.

Em discurso no Conselho de Segurança da ONU, chanceler chinês afirma que 'atrasar' fim do conflito não é de interesse da Rússia e nem da Ucrânia

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Para buscar uma solução imediata do conflito, China apresentou quatro propostas baseadas no diálogo entre Moscou e Kiev

“É vital prevenir ataque contra civis, construções civis e minimizar casualidades civis. As investigações das violações das leis humanitárias internacionais devem ser objetivas, justas, baseadas em fatos, e não na presunção de culpa, e não devem ser politizadas”, também propôs o chanceler em relação à situação humanitária. 

Por fim, Wang afirmou que fornecedores e consumidores devem trabalhar juntos para manter o mercado de energia estável, bem como o mercado de alimentos, mostrando apoio à proposta do Secretário Geral da ONU, António Guterres, de ajudar a facilitar a exportação de grãos russos e ucranianos.  

Por fim, advertiu que a crise na Ucrânia reflete o que está ocorrendo no mundo, e clamou pela cooperação entre os povos: “o quão mais desafiadora seja a situação, mais importante continuarmos juntos e buscar cooperação”, completou.

(*) Com Agência Brasil China.