Sábado, 6 de dezembro de 2025
APOIE
Menu

O presidente russo, Vladimir Putin, e o líder chinês, Xi Jinping, se reuniram nesta quinta-feira (15/09) durante a cúpula da Organização de Cooperação de Xangai (SCO), realizada em Samarcanda, a capital do Uzbequistão. O encontro foi marcado por declarações de reforço da aliança entre os dois países na arena internacional e também foi a primeira vez que Xi teve agenda internacional fora da China desde fevereiro de 2020.

Putin declarou que aprecia muito a “posição equilibrada dos amigos chineses” em relação à situação na Ucrânia. Ao mesmo tempo, ele manifestou apoio à China na questão de Taiwan, condenando “as provocações dos Estados Unidos” e defendendo o princípio de “uma só China”.

Putin também expressou confiança de que a reunião com Xi daria um novo impulso à parceria estratégica russo-chinesa, “tanto bilateral quanto internacionalmente”.

“As tentativas de criar um mundo unipolar recentemente assumiram uma forma absolutamente repulsiva e são absolutamente inaceitáveis para a esmagadora maioria dos Estados do planeta”, acrescentou Putin.

Presidente russo agradeceu 'posição equilibrada' da China sobre guerra na Ucrânia

Wikicommons

Putin também expressou confiança de que reunião com Xi daria novo impulso à parceria estratégica russo-chinesa

O líder chinês, por sua vez, afirmou que a China “está disposta a fazer esforços com a Rússia para assumir sua responsabilidade de grandes potências, e assumir o papel de guia para injetar estabilidade e energia positiva em um mundo caótico”.

O evento também contou com a participação dos líderes da Índia, Paquistão, Turquia, Irã, entre outros países. O centro das atenções, no entanto, foi a reunião entre Putin e Xi Jinping, em meio à situação da Rússia no campo de batalha com a contraofensiva ucraniana na região de Kharkov na última semana.

Moscou, por sua vez, vem promovendo cada vez mais uma política de reorientação da sua diplomacia para o Oriente em meio à crise na relação com o Ocidente, que isolou economicamente a Rússia após o início do conflito na Ucrânia em 24 de fevereiro.