Israel bombardeia portos e usinas de energia no Iêmen e segue matando em Gaza
Houthis do Iêmen reforçaram que não vão parar de atacar bases israelenses e de aliados enquanto não houver um cessar-fogo em Gaza
Israel bombardeou nesta madrugada (19/12) infraestruturas do Iêmen. Foram atingidas duas usinas de energia próximas à capital Sanaa, além de dois portos e a instalação petrolífera de Ras Isa, em Hodeidah, no Mar Vermelho.
Os ataques ocorreram horas após Israel ter interceptado um míssil lançado desde o Iêmen.
Ao menos nove pessoas morreram e três ficaram feridas nos ataques sionistas: sete no porto de as-Salif e duas em Ras Isa.
As autoridades israelenses justificaram os ataques dizendo que essas infraestruturas são “alvos militares Houthis” porque “contribuem efetivamente para as ações militares do grupo”.
“A mão longa de Israel alcançará você. Quem levantar a mão a terá decepada, quem nos atacar será atingido muitas vezes”, disse sobre os ataques o ministro da Defesa israelense, Katz. Ele acrescentou: “não aceitaremos disparos de mísseis contra Israel ou ataques a rotas marítimas”.
Houthis prometem continuar até cessar-fogo em Gaza
Depois que Israel começou a bombardear Gaza em grande escala, em outubro de 2023, os Houthis dispararam diversos mísseis e drones contra o país.
Todos foram interceptados. Além disso, passaram, no Mar Vermelho, a interceptar navios que levavam suprimentos a Israel.
Os EUA, principal aliado de Israel, também atacaram alvos Houthis no Iêmen diversas vezes em 2023, sobretudo em novembro.

Emad El Byed/Unsplash
As cidades estão convertidas em ruinas no norte de Gaza
Os Houthis, grupo armado que controla as regiões mais populosas do Iêmen, disseram que não vão parar de atacar Israel e seus aliados enquanto não houver um cessar-fogo em Gaza.
“Enfrentaremos o aumento da violência com aumento da violência até que os crimes de genocídio em Gaza parem e Israel autorize a entrada de alimentos, remédios e combustíveis”, disse Mohammed al-Bukhaiti, membro do bureau político dos Houthis.
O grupo afirma que os EUA também participaram do último ataque. “O bombardeio de instalações civis no Iêmen pelos EUA e Israel revela a hipocrisia do Ocidente e refuta todas as alegações humanitárias”.
Gaza sob fogo e sem suprimentos
Ao mesmo tempo, as forças israelenses continuam a bombardear Gaza. Ao menos 16 palestinos, incluindo crianças e um médico do Hospital Árabe al Ahli, morreram nos últimos ataques.
Ao mesmo tempo, a ONU informou que Israel negou novamente seus pedidos de entregar ajuda humanitária em Beit Hanoon, Beit Lahiya e Jabalia.
Essas cidades estão no norte do enclave, região que Israel mantém isolada, sob cerco militar e bombardeios constantes há 70 dias.
Os bombardeios visam sobretudo infraestrutura básica e de saúde, como o Hospital Jamal, o maior da região, que já foi bombardeado inúmeras vezes, invadido e teve sua equipe médica presa.
A quantidade de insumos que Israel autoriza a entrar na área é uma ínfima parte do necessário para a sobrevivência. Faltam medicamentos, alimentos e água potável.























