Israel bombardeia portos do Iêmen; Exército iemenita contra-ataca
Líder revolucionário de Sanaã enfatizou que apoio à Palestina é 'dever religioso e moral' para com a nação islâmica
O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, informou que as forças de seu país lançaram uma ofensiva contra os portos iemenitas de Hodeida, Ras Isa e Salif, controlados pelo grupo de resistência houthis, no domingo (06/07). O ataque também atingiu a usina de Hodeidah-Ras al-Khatib e o navio Galaxy Leader, que foi tomado pelo grupo xiita em 2023.
As Forças de Defesa Israeles (IDF, na siga em inglês) já haviam solicitado a evacuação dos portos e da usina, sob anúncio de bombardeio devido “à atividade militar” e alegação de que as áreas eram utilizadas para transferir armas do Irã.
Katz ainda afirmou que “qualquer um que tentar prejudicar Israel será abatido” e que “qualquer um que levantar a mão contra Israel perderá essa mão”. “Os Houthis continuarão a pagar um alto preço por suas ações”, acrescentou.
Por sua vez, o Iêmen confirmou, também no domingo, o lançamento de um míssil hipersônico Palestine-2 contra o Aeroporto Ben Gurion de Israel, perto da cidade de Jaffa. O porta-voz militar iemenita, brigadeiro- general Yahya Sari, disse que a operação atingiu seus objetivos, paralisando o principal aeroporto israelense.
De acordo com o oficial militar iemenita, o lançamento do míssil em direção ao território israelense faz parte das operações de apoio à população da Faixa de Gaza e continuará enquanto a agressão e o bloqueio israelenses persistirem.
Yahya Sari alertou sobre a total prontidão de combate das forças de seu país para enfrentar qualquer desenvolvimento do conflito nos próximos dias. O exército israelense confirmou o lançamento do míssil balístico do Iêmen em direção ao seu território.

O porta-voz militar iemenita, Brigadeiro-General Yahya Sari, disse que o principal aeroporto internacional de Israel foi atacado e que a operação atingiu seus objetivos, paralisando as instalações sionistas
Yemeni Military
Solidariedade
Na última terça-feira (01/07), tropas iemenitas atacaram o mesmo aeroporto e outros alvos estratégicos israelenses. Desde o início da agressão israelense à Faixa de Gaza, o Iêmen intensificou suas operações em solidariedade à resistência palestina.
Em um discurso realizado em 6 de julho, em Sanaa, o líder revolucionário, Sayyed Abdulmalik Badr al-Din al-Houthi, enfatizou que o Iêmen está apoiando a Palestina, não apenas de uma perspectiva política, mas também como parte de um dever religioso e moral para com a nação islâmica.
“O plano sionista é agressivo e destrutivo”, afirmou al-Houthi, declarando que o governo sionista é uma ameaça a identidade religiosa e cultural dos povos muçulmanos. Também acrescentou que o Iêmen continuará enfrentando essa “ameaça existencial” ao lado de seus aliados no chamado “Eixo da Resistência”, que inclui grupos como Hamas, Hezbollah e a República Islâmica do Irã.
(*) Com TeleSUR e RT























