Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O porto de Hodeidah, no Iêmen, foi alvo de bombardeios israelenses nesta segunda-feira (21/07), conforme reportou o jornal estatal Al Thawra News. As Forças de Defesa de Israel (IDF) confirmaram os ataques em uma publicação no X. Nenhuma morte foi confirmada até o momento.

Segundo a IDF os ataques foram em veículos de engenharia, contêineres de combustível, embarcações usadas para atividades militares, como infraestrutura usada pelos Houthis. Os militares também alegam que o porto iemenita “tem sido usado, entre outras coisas, para realizar ataques contra Israel e seus aliados”.

Segundo fontes militares que falaram ao jornal libanês Al Mayadeen, as forças iemenitas lançaram uma onda de mísseis terra-ar que interrompeu a primeira onda de aeronaves israelenses que se aproximavam. Como resultado, 10 aviões de guerra israelenses foram forçados a recuar do espaço aéreo do Iêmen antes de completarem suas missões.

Isto marca a 12ª agressão israelense ao Iêmen desde o início da campanha mais ampla contra o país.

Al Thawra News / Reprodução

Ataques israelenses têm como alvo porto de Hodeidah, no Iêmen
Al Thawra News / Reprodução

Ofensiva de Israel no Iêmen

Os Houthis, grupo de resistência apoiado pelo Irã, iniciaram em novembro de 2023 uma campanha contra navios mercantes vinculados a Israel nos mares Arábico e Vermelho, em protesto à guerra em Gaza. Durante o cessar-fogo frágil entre janeiro e março de 2025, os ataques foram suspensos, mas retomados após a retomada da ofensiva israelense em território palestino.

Em 9 de julho, o porta-voz militar Houthi, Yahya Saree, anunciou um ataque com míssil balístico a Israel, alegando ter disparado contra o Aeroporto Ben Gurion. As forças iemenitas afirmam que continuarão a atacar “o regime sionista” até o fim da guerra em Gaza.

Saree assegurou que o ataque atingiu seus objetivos, disparando sirenes de alerta aéreo em mais de 300 cidades e assentamentos na Palestina ocupada. Segundo a agência iraniana Tasnim, ele destacou que o Iêmen seguirá ampliando suas capacidades militares para apoiar o povo palestino.

Mohammed al-Bukhaiti, membro sênior do Conselho Político dos Houthis, reafirmou o compromisso do Iêmen com a resistência palestina e advertiu o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de que qualquer escalada provocará retaliações mais severas.