Sábado, 6 de dezembro de 2025
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Grupos da Resistência Palestina e o Hezbollah condenaram a agressão israelense ao Iêmen lançada na quarta-feira (10/09), que teve como alvo o Museu Nacional, resultando em múltiplas mortes e feridos. As Forças de Ocupação Israelenses (IOF) realizaram uma ofensiva aérea contra a capital Sanaa, estendendo-se até a província de Al-Jawf.

O Hamas repudiou o ataque sionista ao Iêmen, enfatizando que constitui uma flagrante violação do direito internacional, um atentado à soberania nacional e uma extensão da crescente agressão israelense na região. Segundo o jornal de Beirute Al Mayadeen, o movimento também expressou solidariedade total e recordou que o povo iemenita, suas forças armadas e o movimento Ansar Allah apoiam o povo palestino na Faixa de Gaza.

O Hamas apelou aos países árabes e islâmicos, bem como à comunidade internacional e suas instituições, para que interrompam imediatamente a agressão israelense contra o povo palestino e sua contínua ameaça à segurança e estabilidade regional.

O Gabinete de Relações com a Mídia do Hezbollah emitiu nota na qual condenou a agressão israelense, prestou solidariedade aos iemenitas e afirmou que Netanyahu está “fabricanado desesperadamente uma falsa narrativa de vitória para salvar sua posição política” em meio a repetidos fracassos, incluindo sua incapacidade de derrotar a resistência em Gaza e na Cisjordânia, além de não conseguir impedir o Iêmen de realizar operações contra alvos israelenses.

Por sua vez, a Frente Popular para a Libertação da Palestina também condenou o ataque, descrevendo-o como “uma extensão natural da agressão em curso contra a Palestina e a nação árabe”, sob total patrocínio norte-americano. Ressaltou que a única forma de conter a ocupação é mediante a escalada da resistência e a mobilização de influência árabe para pressionar tanto a ocupação quanto a administração estadunidense, identificada como principal cúmplice na agressão contra a Palestina e a nação árabe.

A declaração acrescentou que o Iêmen não será subjugado por essa entidade e que a determinação de seu povo e forças armadas permanecerá inquebrantável, enquanto continuam a travar sua batalha em apoio a Gaza e ao povo palestino.

A Jihad Islâmica Palestina emitiu comunicado condenando veementemente a agressão israelense à “infraestrutura governamental e civil em diversas províncias iemenitas, visando funcionários públicos, jornalistas e residentes”. Salientou que o ataque a infraestruturas civis, assassinando civis sob cobertura política dos EUA, apenas expõe seu fracasso em obter vitória contra os combatentes da Resistência e a incapacidade de seu aparato de segurança em forjar uma “falsa imagem de triunfo”.

“Oferecemos nossas mais profundas condolências às famílias dos mártires de nossa nação irmã do Iêmen; nós os consideramos mártires da Palestina e rogamos a Deus que lhes conceda Sua misericórdia infinita e que proporcione aos feridos uma rápida recuperação”, acrescentou o comunicado, segundo o Al Mayadeen.

A Jihad Islâmica Palestina concluiu sua declaração afirmando: “Estamos confiantes de que o valoroso povo do Iêmen continuará a infligir golpes dolorosos contra o inimigo em sua essência, fazendo-o pagar o preço pelo derramamento de sangue inocente iemenita”.

Agressão da IOF danifica Museu Nacional do Iêmen, Sanaa solicita proteção a UNESCO

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Al-Masirah

Israel ataca Iêmen

As Forças de Ocupação Israelenses (IOF) lançaram uma ofensiva aérea visando a capital Sanaa e a província de Al-Jawf na manhã desta quinta-feira (11/09). De acordo com o balanço inicial do Ministério da Saúde do Iêmen, 35 iemenitas foram mortos e 131 ficaram feridos na agressão contra civis e instalações civis.

Em Al-Jawf, aviões de guerra israelenses atingiram o complexo governamental no distrito de Hazm, segundo correspondente do Al Mayadeen. O edifício da agência do Banco Central do Iêmen em Al-Hazm, na província de Al-Jawf, foi alvejado, e funcionários ficaram feridos durante o ataque.

Na capital, o posto médico do setor de saúde na Rua Al-Sitteen e a sede do Departamento de Orientação Moral do Ministério da Defesa, no bairro de Tahrir, foram alvos do atentado sionista. A sede de dois jornais locais iemenitas na Rua Al-Tahrir, no centro de Sanaa, também foi bombardeada; segundo o Al Mayadeen, jornalistas foram mortos e dezenas ficaram feridos.

O Hezbollah emitiu declaração caracterizando o ataque a jornalistas e veículos de comunicação como “brutal” e “pérfido”, afirmando que tais ações não surpreendem, vindo de Israel, e acusando-o de tentar sistematicamente ocultar seus crimes, os quais refletiriam as “políticas falidas do terrorista Netanyahu”. Solicitou ainda que todos os meios de comunicação, sindicatos e organizações de direitos humanos condenem a agressão e iniciem ações judiciais contra seus perpetradores no Tribunal Penal Internacional.

A Autoridade Geral de Antiguidades e Museus em Sanaa enviou apelo urgente à UNESCO, Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, pedindo proteção para os sítios históricos e culturais do Iêmen contra ataques israelenses, após a última agressão não ter poupado sequer o museu nacional do país.

Solicitou também que a UNESCO intervenha “urgentemente” para salvaguardar o patrimônio cultural iemenita, citando a Convenção de Haia de 1954 para a Proteção de Bens Culturais em Caso de Conflito Armado, cabendo a agência da ONU realizar o papel de principal da implementação.