Sábado, 6 de dezembro de 2025
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Os ataques de Israel na região sul do Líbano se intensificaram neste sábado (08/11). Dois mísseis israelenses atingiram um carro perto do Hospital Salah Ghandour, na cidade de Bint Jbeil, ferindo sete pessoas, informou o Ministério da Saúde libanês.

Dois irmãos também foram mortos pela ofensiva aérea sionista contra um veículo entre as cidades de Ain Ata e Shebaa, no sudeste do país, na mais recente violação flagrante do cessar-fogo que entrou em vigor em novembro de 2024.

Mais um bombardeio de drone israelense, o terceiro do dia, atingiu um carro na região de Baraachit, informou a Agência Nacional de Notícias do Líbano (NNA). Uma foto compartilhada pela agência mostrava fumaça subindo sobre destroços em chamas em uma estrada após o ataque, que, segundo o ministério, matou uma pessoa e feriu quatro.

Como parte dos ataques diários, Israel lançou um quadricóptero com uma granada sobre a cidade de Mays al-Jabal. Segundo um correspondente do jornal de Beirute, Al Mayadeen, aeronaves israelenses alvejaram uma escavadeira na área do Quilômetro 9 de Blida, no distrito de Marj’youn.

As forças armadas de Tel Aviv alegaram que tinham como alvo o Hezbollah, sem apresentar provas. Por sua vez, o grupo de resistência libanês afirma que permanece comprometido com o cessar-fogo, mas insiste que não se desarmará enquanto continuar a ocupação e os ataques no território.

 

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O exército libanês acusou Israel de tentar “minar a estabilidade do Líbano” e obstruir o pleno destacamento das forças libanesas, em conformidade com o cessar-fogo.

O presidente, Joseph Aoun, condenou a recente onda de ataques, descrevendo-os como uma “violação flagrante” do direito internacional, enquanto o Irã os denunciou como “selvagens” e instou a comunidade internacional a intervir.

A União Europeia também condenou os recentes ataques israelenses em uma declaração contundente neste sábado e pediu o cumprimento imediato do cessar-fogo.

“A UE apela a Israel para que cesse todas as ações que violem a resolução 1701 e o acordo de cessar-fogo alcançado há um ano, em novembro de 2024”, afirmou o porta-voz da UE para os Negócios Estrangeiros, Anouar El Anouni. Ele instou o Hezbollah e outros grupos libaneses a “abster-se de quaisquer medidas ou respostas que possam agravar ainda mais a situação”.