Robert Bunsen: queimar é uma arte aperfeiçoada pela ciência
Robert Bunsen: queimar é uma arte aperfeiçoada pela ciência
O Google, mais uma vez, nos diverte. Agora, a brincadeira é relembrar o aniversário de nascimento de Robert Bunsen (1811-1899), o aperfeiçoador do queimador que entrou para a história da humanidade e das aulas no laboratório de química no ensino médio com o nome de Bico de Bunsen.
Wikimedia Commons

O que significou o Bico de Bunsen? A partir de uma necessidade dos laboratórios, Bunsen desenvolveu, em 1855, como explicava a Enciclopédia Britânica de 1911, um queimador de gás que emitia uma chama quente e sem fumaça – ou seja, com pouca perda de energia e baixa emissão de partículas.
Resumindo, Bunsen, a partir de um projeto do físico e químico britânico Michael Faraday, nos ajudou a dominar melhor a maior invenção da humanidade – o controle do fogo.
Dominar o fogo e o calor significa controlar o uso de energia. A invenção mais famosa de Bunsen (que, entre outras coisas, descobriu o antídoto para o envenenamento por arsênico, atrapalhando projetos de muitos serviços secretos e de mocinhas românticas de todas as épocas) consistia num tubo em que se podia controlar a entrada de ar e, portanto, a qualidade e a intensidade da chama. Quanto mais oxigênio entrava pelo tubo, melhor a qualidade da queima e maior a temperatura atingida na ponta da flama.
Leia também:
Huffington Post: é jornalismo, internauta
O consumo pornográfico de Sex and the City
'A Queda e suas versões': comunismo da forma, capitalismo do conteúdo
House esculacha a ditadura da ética
Mad Men e o carrossel da história
Com esse mecanismo, que hoje parece banal, as experiências de laboratório com gases e outras substâncias químicas ficaram muito mais previsíveis, controláveis e produtivas. A ciência avançou mais rápido, gastando menos energia física e intelectual.
Os queimadores pós-bico de Bunsen não mudaram apenas a vida no laboratório: também a aplicação prática e industrial da energia subiu de patamar depois da invenção – e há algum tempo eles nem são predominantes, diante do avanço do uso da eletricidade.
Controlar a produção e o uso da energia, para torná-la mais eficiente e segura, é a grande questão que o mundo do aquecimento global e do acidente nuclear de Fukushima precisa encarar.
Porque, a rigor, se a grande questão da humanidade é, desde o seu nascedouro, controlar a energia (ou seja, o fogo), a realidade é que, apesar do bico de Bunsen e das centrais nucleares, a gente ainda não chegou lá.
Siga o Opera Mundi no Twitter
Conheça nossa página no Facebook
NULL
NULL
NULL























