Sexta-feira, 12 de dezembro de 2025
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Chegamos a um momento crucial para o governo e a política, e a sensação é a de que o liberalismo do New Deal dá seus últimos suspiros. Quando o partido do governo ativista, diante de uma crise épica, não usa os extensos poderes governamentais para reverter as desordens econômicas e impedir a crescente deterioração social, deve ser o fim da linha para a ideologia de governo herdada de Roosevelt, Truman e Johnson.

Os eventos políticos dos últimos dois anos enviaram uma mensagem mais profunda e devastadora: a democracia norte-americana foi definitivamente dominada pelo capitalismo norte-americano. O governo foi desabilitado ou capturado pelos formidáveis poderes da empresa privada e da riqueza concentrada. Os direitos de autodeterminação que a democracia representativa conferia aos cidadãos são agora usurpados pelas exigências opressoras dos interesses corporativos e financeiros. Coletivamente, o setor corporativo abraça a ambos os partidos políticos, o financiamento das carreiras políticas, a produção das agendas políticas e a propaganda de think tanks influentes, além do controle da maior parte da grande mídia.

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O que o sistema capitalista quer é mais – mais riqueza, mais liberdade para fazer o que quiser. Este sempre foi seu instinto, a não ser quando o governo intervinha para detê-lo. O objetivo agora é destruir qualquer forma remanescente de interferência governamental, à exceção, é claro, dos subsídios e proteções aos negócios. Muitos representantes eleitos estão implicitamente alistados na causa.

Muitos norte-americanos parecem saber disso; pelo menos eles sentem que a realidade estrutural do governo e da política não está do seu lado. Quando a escolha se reduz à sociedade ou ao capitalismo, a sociedade costuma perder. A primeira atenção é dedicada às prioridades econômicas das maiores e mais poderosas instituições empresariais e financeiras. A tendência é natural para os republicanos, o partido do dinheiro e da empresa privada, mas, nas grandes questões estruturais, a prioridade para os negócios também define os democratas, antigamente o partido dos trabalhadores. Apesar da retórica partidária, os dois partidos são mais parecidos do que admitem.

Nesses termos, o governo de Barack Obama tem sido uma profunda decepção para aqueles de nós que esperavam algo diferente. Agora se vê que Obama é um político mais convencional e limitado do que o anunciado, mais à direita do que sua empolgada retórica sugeria. Do mesmo modo, a maioria dos congressistas democratas se mostrou fraca e incoerente, defensora incerta de seus supostos valores ou seus eleitorados mais leais. Eles chamam isso de pragmatismo. Eu chamo isso de rendição.

O desastrado acordo fiscal de Obama com os republicanos foi mais destrutivo do que criativo. Ele aderiu à doutrina dos benefícios de cima para baixo, com a taxação regressiva, e simplesmente ignorou o fato de que estava contribuindo ainda mais com graves injustiças. Os norte-americanos comuns serão mais uma vez obrigados a pagar, de uma maneira ou de outra, pelo dano que outros causaram à sociedade. Obama concorda que isso é desagradável, mas argumenta: é política, paciência. Seu estilo de realismo ensina as pessoas a desconsiderar o que ele diz. Em vez disso, observem o que ele faz.

Com maiorias esmagadoras no Congresso e a crise econômica dilacerando o país em 2009, os democratas optaram por colocar a autopreservação acima dos princípios partidários. Seus líderes no Senado permitiram que aqueles que dizem não determinassem o mínimo denominador comum para a reforma – medidas parciais destinadas a não perturbar demais os poderosos interesses corporativos e financeiros, e portanto incapazes de reparar a destruição social que esses interesses haviam provocado. Os democratas no Senado dizem que não tinham os votos. Imagine o que Mitch McConnel teria feito se fosse o líder: não façam prisioneiros. Obriguem os dissidentes do partido a entrar na linha e punam aqueles que não entrarem. Bloqueiem até mesmo as mais triviais propostas da oposição.

Os democratas não estão acostumados a governar agressivamente. Eles não fazem isso há décadas e podem não acreditar mais nesse estilo. Por muitos anos, os democratas eleitos sobreviveram administrando um precário equilíbrio entre as forças do dinheiro organizado e as pessoas desorganizadas que eles dizem representar. A balança normalmente pendia para os homens do dinheiro, mas era plausível imaginar que o espírito reformista acordaria assim que eles voltassem ao poder com um presidente democrata.

A tímida estratégia econômica de Obama só pode ser descrita como bem-sucedida se o padrão do sucesso forem os robustos lucros corporativos, os preços das ações em alta e os notórios bônus de fim de ano de Wall Street. Repetidamente, Obama hesitou em dar os passos mais ousados que teriam feito diferença nas condições sociais. Agora está claro que as prementes aflições vividas pela esmagadora maioria dos cidadãos não serão substancialmente tratadas porque os democratas, tanto o presidente quanto o Congresso, escolheram colaborar com a causa conservadora da redução do déficit: cortar os gastos, encolher o governo, bloquear qualquer inicitiva de alívio que custe dinheiro de verdade.

Os republicanos, armados de uma forte convicção, renascem com uma espécie de niilismo ideológico. Deixem de lado suas óbvias hipocrisias sobre a integridade fiscal e o livre mercado. Seu único objetivo é destruir o que resta da capacidade do governo de intervir ou refrear o setor privado em nome do bem-estar comum. Muitas das velhas ferramentas e programas do governo já se foram, esvaziadas pela desregulamentação, desabilitadas pela captura corporativa das agências regulatórias originalmente destinadas a impedir abusos do setor privado e aniquiladas pelo financiamento inadequado. A direita quer um governo menor para o povo, mas não para o capitalismo corporativo. Ela lutará para preservar as proteções, privilégios e subsídios que fluem para o setor privado.

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Mais uma vez, os republicanos preparam um assalto à joia da coroa do liberalismo, a Seguridade Social. Desta vez, no entanto, eles podem conseguir, porque o presidente democrata está colaborando. A histeria do déficit dirigida contra a Previdência é fraudulenta (como os próprios especialistas de Obama reconhecem), mas o presidente já enfraqueceu profundamente a solvência do programa com sua redução no imposto sobre a folha de pagamento, que mina o financiamento de benefícios futuros. Obama promete que o truque não será repetido, mas, se o emprego ainda estiver fraco daqui a um ano, ele bem poderá ceder. O Partido Republicano o acusará de prejudicar a economia aprovando um “aumento de impostos” para todos os trabalhadores. Os democratas no Senado preparam sua própria proposta para cortar a Previdência como uma resposta à versão extrema dos republicanos. No fim, eles poderão chegar a um meio-termo e celebrar outro grande acordo.

Isso é capitulação disfarçada de moderação. Obama se preparou para fechar muitos outros “acordos” nos próximos meses; a cada vez, ele certamente usará a esquerda como um contraste conveniente. Desacreditar os liberais “puristas” é seu modo de garantir aos chamados independentes que ele fez jus às supostas demandas de sua própria base eleitoral. Trata-se de uma manobra ridícula, considerando a fraqueza da esquerda. Ela supõe cinicamente que as pessoas comuns, não engajadas na política, são estúpidas demais para entender o que o presidente está fazendo. Suspeito que Obama esteja enganado. Perguntei a uma velha amiga o que ela acha da atual confusão em Washington. “Qualquer que seja a questão, os ricos saem ganhando”, respondeu ela. Muita gente compreende isso – é a essência do flagelo histórico do país.

Só para ter uma ideia do que o Estado corporativo representa, estude a lista do Federal Reserve enumerando instituições bancárias, financeiras e empresas que receberam os US$ 3,3 trilhões cedidos pelo banco central na forma de empréstimos a juros baixos durante a crise financeira (esta valiosa informação só é revelada porque parlamentares reformistas, como o senador Bernie Sanders, lutaram pela divulgação). Se você não está na lista de beneficiários, sabe qual é seu lugar na nova ordem.

A transferência de poder não começou com Obama, mas seu mandato a confirma e completa. Os defensores das corporações iniciaram sua campanha sistemática para desmantelar o governo liberal já nos anos 1970, e o Partido Democrata logo tentou uma conciliação, recuando diante do apelo popular e o corte de impostos de cima para baixo de Ronald Reagan. Enquanto estiveram fora do poder, os democratas puderam continuar a defesa de objetivos liberais e a denúncia do comportamento destrutivo das empresas e entidades financeiras (embora sua retórica fosse mais coerente que seu histórico de votação). Assim que retomaram o controle do governo, eles baixaram o tom de voz e pediram paz. Comprometidos com a América corporativa por causa de contribuições à campanha, os democratas costuravam acordos com bancos e empresas e normalmente davam que eles pediam, para que os interesses corporativos não vetassem projetos de lei progressistas.

Obama tem se mostrado claramente aberto a isso. Ele admira os “sábios empresários” no topo do poder corporativo. Busca “parcerias” com eles. Os velhos conflitos econômicos, como trabalho versus capital, são considerados ultrapassados pelos “novos democratas” que agora governam. O negócio da América são os negócios. O governo deveria atuar como mordomo e servente, não como patrão.

Essa atitude diferente se reflete em todos os principais projetos legislativos de Obama, para não mencionar as pessoas que ele trouxe para seu governo. No resgate financeiro, Obama, como fizera George W. Bush, canalizou bilhões para os banqueiros em apuros sem exigir nenhum compromisso público em troca. Na saúde, ele fez acordos com seguradoras e companhias farmacêuticas e foi esperto ao permitir que a opção pública, que teria criado concorrência real para os monopolistas do setor, fosse enterrada. Na reforma financeira, os homens de Obama no Tesouro e a maioria dos congressistas democratas derrubaram as medidas mais importantes, que teriam reduzido os megabancos de Wall Street a um tamanho tolerável.

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A sociedade está diante de perspectivas sombrias e de uma transformação profunda. Quando ambos os partidos se alinham ao poder corporativo, quem defende o povo? Quem o protege do apetite insaciável do empreendimento capitalista e o ajuda a atravessar as dificuldades que virão? Temos ao menos uma certeza histórica: não existe limite natural ao que o capitalismo buscará em termos de poder e lucro. Se o governo não agir e não aplicar os limites, a sociedade ficará indefesa.

Estranhamente, essa nova realidade nos traz de volta para o futuro, inspirando perguntas fundamentais sobre a relação entre capitalismo e democracia que cidadãos e reformistas fizeram há 100 anos. A diferença é que, desta vez, a nação não é uma potência econômica em ascensão. Ela aguarda duros ajustes num momento em que a prosperidade em geral retrocede e a ampla classe média que o trabalho e o liberalismo ajudaram a criar desmorona.

Minha triste análise não é o fim da história. É difícil enxergar a mudança agora, considerando o enorme poder do status quo e o colapso de instituições políticas outrora confiáveis. Mas a mudança virá, para melhor ou pior. Uma dinâmica fundamental do século XX foi a longa disputa de domínio entre a democracia e o capitalismo. A balança do poder pendeu para um dos lados várias vezes, impulsionada por duas forças básicas que não podiam ser controladas nem pelos lobistas corporativos, nem pelos medrosos políticos: os eventos catastróficos que romperam a ordem social, como a guerra e a depressão, e o poder dos cidadãos mobilizados em reação a esses eventos. Nesses termos, ambos os partidos políticos ainda são altamente vulneráveis – como a história do século XX demonstrou repetidamente, a sociedade não consegue sobreviver ao ônus de uma ordem corporativa sem nenhum controle.

As pessoas recebem diferentes rótulos ideológicos, mas os norte-americanos não são tão contrários ao “grande governo” como sugere a generalização fácil. Em muitas questões, há um consenso esmagador que a mídia e os analistas ignoram (se você duvida disso, confira as pesquisas). Os norte-americanos de todas as idades lutarão para defender as proteções sociais – Seguridade Social, Medicare e Medicaid, entre outras. As pessoas variam de céticas a hostis em relação ao poder excessivo das corporações. As pessoas querem que o governo seja mais agressivo em muitas áreas – como mandar alguns dos malfeitores financeiros para a cadeia.

Um exemplo claro foi o cidadão revoltado que gritou a seu congressista em uma assembleia municipal: “Tire as mãos de seu governo de meu Medicare!” Ouvi um líder comunitário explicar no rádio que, basicamente, os partidários do Tea Party “querem um governo que trabalhe para eles”. Não é o que todos queremos? Nos próximos anos, ambos os partidos tentarão definir este sentimento. Se eles aderirem à agenda corporativa, terão problemas, e as fileiras de cidadãos insurgentes crescerão. Ninguém pode saber para onde a rebelião popular levará, se para a direita ou para a esquerda, mas meu otimismo irredutível segue nesta linha.

Seja qual for o nome que os esquerdistas usem para se identificar, eles carregam um ônus especial nesta situação, pois estão profundamente comprometidos com a ideia de que o governo deveria ser o agente fidedigno da maioria, e não dos poucos e poderosos. Muitos de nós vamos além e acreditamos (como ensinavam os socialistas) que a economia deveria servir o povo, e não o contrário.

A atual crise exige que as pessoas voltem a suas raízes e reexaminem suas convicções – agora que não podem mais contar automaticamente com a ajuda do governo ou do Partido Democrata. A infeliz metáfora do “refém” de Obama levou o Saturday Night Live a fazer piada afirmando que o próprio presidente experimentava a “síndrome de Estocolmo”, identificando-se com seus captores conservadores. Vários grupos progressistas, incluindo o trabalho organizado, sofrem uma dependência similar. Eles não conseguirão pensar claramente no futuro do país enquanto não se distanciarem mais do Partido Democrata.

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Sugiro três passos para que os progressistas recuperem um papel influente na política. Primeiro, desenvolvam uma sensibilidade de guerrilha que reconheça a fraqueza da esquerda. Não há necessidade de renunciar à política eleitoral, mas os esquerdistas dedicados deveriam assumir um papel de resistência baseada em princípios. Nos anos 1960, direitistas inflexíveis ficaram conhecidos como “mordedores de tornozelo” nas fileiras republicanas, insistindo em objetivos considerados impossíveis e opondo-se a líderes partidários moderados e liberais, às vezes com candidatos sem nenhuma chance. Eles passaram vinte anos na sombra, mas criaram uma estrutura de ativistas cujas convicções acabaram conquistando o poder.

Onde estão os mordedores de tornozelo esquerdistas que poderiam mudar o Partido Democrata? É preciso um pouco de arrogância para achar que suas atividades podem mudar o país, mas, paradoxalmente, também é necessário um senso de humildade. Acima de tudo, isso obriga as pessoas a se perguntar o que elas realmente acreditam que o país precisa – e então defender esses princípios da maneira que puderem. Concretamente, isso pode levar alguns a se candidatar a vereador ou senador federal. Ou apoiar oponentes de princípios para desafiar democratas fúteis em eleições primárias (foi o que fez o Tea Party com os republicanos, com resultados impressionantes). Ou agitadores ativistas podem simplesmente se comunicar com os jovens e recrutar almas gêmeas para um trabalho honrado que requer comprometimento a longo prazo.

Em segundo lugar, as pessoas de convicção liberal deveriam “voltar à escola” e aprender as novas realidades econômicas. Em minha experiência, muitos na esquerda não entendem realmente as dinâmicas internas do capitalismo – por que ele é produtivo, por que ele causa tantos danos (muitos esperavam que o governo e os políticos pensassem por eles). Precisamos de uma reavaliação fundamental do capitalismo e da relação entre o Estado e a esfera privada. Isso não será feito por think tanks financiados por corporações. Precisamos fazer sozinhos.

Há um século, a rebelião populista organizou cooperativas agrícolas, lançou dezenas de jornais e enviou conferencistas para difundir as ideias. Os socialistas e o movimento trabalhista fizeram algo muito parecido. Os norte-americanos de hoje não podem depender do Partido Democrata ou da filantropia para patrocinar a democracia pura. Precisamos fazer isso. Mas temos recursos e ferramentas modernas – incluindo a internet – que os antigos insurgentes não tinham.

A ordem do New Deal ruiu por boas razões – o sistema econômico mudou e o governo não se adaptou às novas realidades nem enfrentou o contra-ataque da direita nos anos 1970. A estrutura da vida econômica mudou de novo – mais dramaticamente por causa da globalização -, mas o governo e os partidos políticos não sabem o que fazer para lidar com a destruição da manufatura e a perda de milhões de postos de trabalho. O próprio governo foi enfraquecido no processo, mas os políticos estão intimidados demais para falar na restauração de seus poderes. O público expressa outro amplo consenso sobre a necessidade de enfrentar o “livre comércio” e mudá-lo em nome do interesse nacional – outro caso de opinião pública que não parece importar, já que vai contra a agenda corporativa.

Os reformistas de hoje enfrentam condições similares às enfrentadas pelos populistas e progressistas: o capitalismo de monopólio, um movimento trabalhista suprimido com a assistência direta do governo, o “truste do dinheiro” de Wall Street no topo, o Estado corporativo se alimentando do governo e ignorando condições sociais imorais. A classe trabalhadora, enquanto isso, recupera sua identidade, à medida que milhões perdem o status de classe média enquanto outros milhões lutam na classe inferior. Os trabalhadores estão na posição de se tornar o novo centro de uma democracia revigorada, embora ainda não esteja claro se eles se alinharão com a esquerda ou com a direita. A compreensão de todas essas forças pode levar à nova agenda governamental da qual a sociedade precisa desesperadamente.

Finalmente, os liberais de esqueda precisam começar a escutar e aprender – falando de perto com os norte-americanos comuns, incluindo pessoas que não são aliados óbvios. Deveríamos procurar conexões viáveis com aqueles que são alienados e desorganizados, talvez até mesmo ideologicamente hostis. A turma do Tea Party entendeu algo muito importante: a divisão política não é entre republicanos e democratas, e sim entre elites governantes e o povo. Uma divisão similar existe entre as empresas e os bancos, onde os verdadeiros reféns são as empresas menores, de escala comunitária, ameaçadas pelas grandes que obtêm vantagens de Washington. Temos mais em comum com os pequenos empresários e os insurgentes do Tea Party do que sugere o comentário de cima para baixo.

Em algum lugar em todas essas atividades, as pessoas podem reencontrar a determinação e, gradualmente, construir uma nova política. Não esperem instruções de Barack Obama. E não esperem fazer necessariamente muita diferença, pelo menos não neste momento. A música na democracia começa com pessoas que se levam a sério. Elas primeiro descobrem que mudaram a si mesmas, e então decidem que podem mudar as outras.

*Artigo publicado originalmente no The Nation.

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O fim do liberalismo do New Deal

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