Quarta-feira, 10 de dezembro de 2025
APOIE
Menu

O ministro do Meio Ambiente do Brasil, Joaquim Leite, anunciou na manhã desta segunda-feira (01/11), durante a abertura brasileira na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP26), na Escócia, que o país deve reduzir, até 2030, 50% das emissões de gases do efeito estufa. 

No discurso, o chefe da pasta ambiental disse que o anúncio é uma nova meta climática e “mais ambiciosa”, já que, segundo Leite, a redução passou de 43% para a metade, prevendo para 2050 a neutralidade de emissão de carbono. 

“Reforço nossos compromissos com a geração de uma economia neutra em emissões de gases de efeito estufa, mas ao mesmo tempo garantindo geração de empregos e renda”, disse o ministro ao declarar que essa meta será formalizada durante a conferência. 

Para Leite, “não faltará empenho do governo federal” para que esse resultado seja alcançado de forma “positiva” para o Brasil e ao mundo. No entanto, o próprio presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, não compareceu à COP26, exibindo um vídeo gravado, no qual diz que o país é “parte da solução” para “superar esse desafio global”.  

Ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, afirmou que meta 'mais ambiciosa' precisa de apoio financeiro; Bolsonaro não compareceu ao evento climático

piqsels

Para Leite, ‘não faltará empenho do governo federal’ para que esse resultado seja alcançado de forma ‘positiva’

Ainda em seu discurso, o ministro do Meio Ambiente condicionou a redução das emissões com fundos de financiamento, afirmando ser “urgente” a entrada de dinheiro para “que o mundo possa fazer frente aos desafios apresentados”.

“É fundamental que tenhamos robustos volumes, e nas quantidades necessárias, para que a transição e a construção desta nova economia ocorram de forma justa, em cada região do planeta”, disse. 

A COP26 deveria ter sido realizada em 2020, mas foi suspensa por conta da pandemia da covid-19. Em 2015 ocorreu a última reunião, a COP21, em Paris. Nesse encontro, pela primeira vez, todos os países concordaram em trabalhar juntos para limitar o aquecimento global a menos de 2 graus, tendo como objetivo chegar a 1,5 grau. 

Também se comprometeram a se adaptar aos impactos das mudanças climáticas e disponibilizar recursos para cumprir esses objetivos.