Sábado, 6 de dezembro de 2025
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Dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), divulgados nesta sexta-feira (16/08), revelam que, na avaliação dos últimos 12 meses, o desmatamento na região aumentou 15%. Entre agosto de 2018 e julho de 2019, o total de área desmatada foi de 5.054 quilômetros quadrados, segundo o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Imazon.

Além disso, o desmatamento da Amazônia Legal– que inclui os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Rondônia, Roraima, Pará e partes do Mato Grosso, Tocantins e Maranhão – foi 66% em julho de 2019 do que no mesmo mês do ano anterior.

O aumento do desmatamento da Amazônia Legal correspondeu a 1.287 quilômetros quadrados, em comparação aos 777 km² registrados no mesmo mês de 2018. A conclusão é que 25% do desflorestamento registrado no período de 12 meses até julho 2019 ocorreu no último mês.

Por outro lado, a superfície das florestas degradadas teve redução de 62% se comparados os meses de julho de 2019 (135 km²) e de 2018 (356 km²). O termo “desmatamento” se refere ao chamado corte raso, ou seja, a retirada completa da vegetação, enquanto “degradação” significa uma diminuição ou raleamento da cobertura vegetal, como ocorre pela extração de madeira ou por queimadas.

Instituto não vinculado ao governo registra desmatamento 66% maior em julho do que no mesmo mês de 2018

Ibama/Flickr

Instituto não vinculado ao governo registra desmatamento 66% maior em julho do que no mesmo mês de 2018

Segundo o Imazon, a proporção de desmatamento e degradação por estado foi maior no Pará (44%), seguido de Rondônia (18%), Amazonas (16%), Roraima (11%), Mato Grosso (8%) e Acre (3%).

Em torno de 55% dos desmatamentos ocorreram em áreas privadas ou sob estágio de posse, além de outros 20% em assentamentos, 19% em unidades de conservação e 6% em terras indígenas.

O Imazon, não tem vínculos com o governo brasileiro nem com o Instituto Brasileiro de Pesquisas Espaciais (Inpe), cujos dados foram contestados pelo Ministério do Meio Ambiente e pelo presidente Jair Bolsonaro. Seu SAD fornece registros mensais sobre o desmatamento e degradação florestal, utilizando dados de satélites diferentes. O sistema foi desenvolvido em 2008 como alternativa aos dados oficiais.