Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, condenou neste domingo (13/10) a exigência de seu homólogo israelense, Benjamin Netanyahu, sobre a retirada das forças de paz das Nações Unidas (ONU) do lado libanês da fronteira, onde as agressões do exército de Israel têm se intensificado.

“[Beirute] condena a posição de Netanyahu e a agressão israelense contra as forças de paz da Unifil”, disse Mikati. “O aviso que Netanyahu dirigiu a Guterres exigindo a remoção da Unifil representa um novo capítulo na abordagem do inimigo de não cumprir as [normas] internacionais.”

Mais cedo, após uma reunião semanal de gabinete, o premiê do regime sionista gravou um vídeo ordenando o secretário-geral da ONU, António Guterres, para que afaste a Unifil da zona de combate, alegando que a presença das tropas no local as tornava “reféns do Hezbollah”.

“Senhor secretário-geral, coloque as forças da Unifil fora de perigo. Tem que ser feito agora, imediatamente. […] É hora de você retirar a Unifil dos redutos do Hezbollah e das áreas de combate”, ameaçou Netanyahu, criticando Guterres por sua insistência em manter os soldados da Unifil na área.

O premiê israelense ainda disse que “lamenta” que as forças de paz da ONU tenham sido atingidas pelas tropas de Israel. Os ataques à entidade provocaram forte repúdio da comunidade internacional, incluindo da União Europeia e do próprio Estados Unidos, principal nação aliada do regime sionista. 

Wikimedia Commons/UK Government
O premiê de Israel, Benjamin Netanyahu ordenou o secretário-geral da ONU, António Guterres, para que afaste a Unifil da zona de combate

Na sexta-feira (11/10), a União Europeia (UE), França, Itália, Espanha, China, Indonésia e Irlanda classificaram de inaceitável e de “grave violação do direito internacional” as condutas das forças israelenses contra posições da Unifil.

“É um ato inadmissível, qualquer ataque deliberado às Forças de Paz é uma violação grave do direito internacional humanitário e da Resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU. Israel tem a obrigação de respeitar ambos”, disse o chefe de política externa da UE, Josep Borrel. “É necessária a responsabilização”.

No sábado (12/10), um quinto soldado foi ferido próximo à fronteira israelense e teve que ser submetido à cirurgia, segundo um comunicado da Unifil.