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Atualizada em 05/09/2015 às 6h00

Em 5 de setembro de 1940, o filme “O Judeu Süß”, de Veit Harlan, era lançado no Festival de Cinema de Veneza. A película, uma clara obra de propaganda antissemita, contava (e deturpava) a história do banqueiro judeu Joseph Süß Oppenheimer. “Süß” significa “doce”, em alemão.

Capa do filme de 1940 (Wikicommons)

O filme foi amplamente financiado pelo Ministério da Propaganda do Reich, comandado por Joseph Goebbels, e dirigido por um protegido dele – o ator Veit Harlan, que chegou a ganhar um prêmio das mãos do próprio Goebbels.

Após passar por humilhações em todo o filme, Joseph Süß, retratado como um judeu inescrupuloso e ávido por dinheiro e poder, acaba sendo enforcado, acusado de “contaminação da raça”.

Essa era exatamente a impressão que o governo nazista queria passar ao público sobre judeus. Na época, como parte da política implantada por Adolf Hitler, o Reich estimulava a produção de filmes e peças teatrais antissemitas.

“O Judeu Süß” foi, inclusive, utilizado por Heinrich Himmler com a SS: no dia 30 de setembro, ele baixou uma ordem exigindo que todos os comandados assistissem ao filme.

Premiado por Goebbels, personagem foi transformado no estereótipo do judeu criminoso, inescrupuloso, ávido por dinheiro e poder

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