Sábado, 6 de dezembro de 2025
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André-Gustave Citroën,  fundador da marca automobilística homônima, morreu no dia 3 de julho de 1935 aos 57 anos, em virtude de um câncer de estômago. Entre os principais legados do engenheiro francês está o emprego pioneiro de métodos de trabalho em cadeia na Europa.

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Nascido em Paris em 5 de fevereiro de 1878, Citroën foi filho de um diamantista judeu holandês e de uma judia polonesa de Varsóvia. Quando criança, ele foi profundamente inspirado pelas obras de ficção científica de Julio Verne.

[André Citroën buscou inspiração no tailorismo de Detroit]

A construção da Torre Eiffel o estimula a cursar engenharia e a participar dos futuros grandes desafios industriais do século 20.

Em 1900, formou-se na prestigiosa Escola Politécnica. Seu primeiro emprego foi em uma fábrica de rodas, propriedade de amigos da família, onde observou o sistema de engrenagem que lhe serviria de inspiração para a flecha dupla que usou como logotipo de seus automóveis.

Em 1912, Citroën visitou a fábrica Ford em Detroit que empregava o tailorismo. Observou os métodos de produção em série e, de volta à França, funda a Sociedade de Engrenagens Citroën.

Durante a Primeira Guerra Mundial, o engenheiro fabricou armas e mais tarde fundou a Sociedade André Citroën, dedicada à fabricação de automóveis. Já no ano seguinte montaria 20 mil automóveis. Em 27 de maio de 1914, se casa com Georgina Bingen, filha de um banqueiro genovês, com quem passa a formar uma numerosa família.

Fundador da marca de automóveis que leva seu nome, ele chegou a fabricar armas durante a Primeira Guerra Mundial

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Em agosto de 1914, André é mobilizado, primeiro como tenente e depois como capitão. No ano seguinte, propõe ao general Luis Baquet, diretor da artilharia do Ministério da Guerra, que necessitava dramaticamente de munição, a construção de uma imensa fábrica, ultramoderna, e produz, empregando 13 mil operárias, 23 milhões de obuses, cifra inédita para a época.

Em 1917 e 1918, o governo o encarrega de reorganizar o abastecimento da indústria de armamento, os serviços postais militares e a distribuição dos carnês de ração de pães da região parisiense. Em seguida, Citroën reconverte sua fábrica de armamento em indústria de automóvel em 4 meses e absorve o fabricante Mors.

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Modelo do Citroën C4 de 1928: empresa modernizou o sistema de produção de carros na Europa

No mesmo ano, o engenheiro constrói o primeiro modelo da marca: o Citroën Type A. Este foi o primeiro carro europeu produzido em série, a razão de 30 por dia e 20 mil ao ano a partir de 1920, maior que toda a produção da Peugeot e Renault juntas. O preço de lançamento foi de 7.950 francos – excepcionalmente baixo para a época.

No início da década de 1930, Citroën era o quarto maior fabricante de automóveis do mundo, porém poucos anos depois sofreu uma grave crise. Os bancos perderam confiança na empresa, devido ao endividamento crônico, confiando ao grupo Michelin – grande fábrica de pneus e principal credor da Citroën – a difícil missão de evitar sua falência.

Ainda assim em 1934, André Citroën cria o primeiro automóvel do mundo com tração dianteira, o Citroën Traction Avant. No entanto, os princípios técnicos não conseguem salvar o grupo da quebre. No final do mesmo ano, a Citroën é colocada em liquidação judicial, mas poucos meses depois, morre André Citroën.

Também nesta data:

1608 – Samuel de Champlain funda Quebec na América do Norte
1775 – George Washington assume o comando do Exército Continental
1840 – Pescadores matam última ave não voadora do hemisfério norte
1957: Nikita Khruschov assume o controle na União Soviética