Israel ignora acordo e faz novos ataques contra sul do Líbano
Mídia israelense diz que ofensiva é coordenada com os EUA, em meio à pressão norte-americana para desarmar o Hezbollah
Matéria atualizada às 14h37, 06 de novembro de 2025
As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) anunciaram nesta quinta-feira (06/11) o lançamento de uma série de ataques aéreos contra alvos do Hezbollah, no sul do Líbano, apesar de um cessar-fogo acordado com o grupo em novembro de 2024.
De acordo com a Agência Nacional de Notícias (NNA), um libanês foi morto e outros oito ficaram feridos em Toura, uma cidade no distrito de Tiro, onde aviões de guerra atingiram áreas residenciais. Em Tayr Debba, também em Tiro, outro homem ficou ferido. As cidades de Taybeh, Tayr Debba e Aita al-Jabal também foram atingidas.
Horas antes, o porta-voz em língua árabe das IDF, Avichay Adraee, publicou comunicados por meio da plataforma X alertando para outros ataques em Kafr Dunin e um prédio na cidade de Zawtar al-Sharqiyah. A mensagem orientou os moradores de edifícios “utilizados pelo Hezbollah” a “evacuá-los imediatamente e manter uma distância mínima de 500 metros”.
#عاجل ‼️ إنذار عاجل إلى سكان جنوب لبنان وتحديدًا في كفر دونين
?سيهاجم جيش الدفاع على المدى الزمني القريب بنى تحتية عسكرية تابعة لحزب الله الإرهابي وذلك للتعامل مع المحاولات المحظورة التي يقوم بها حزب الله لإعادة إعمار أنشطته في المنطقة
?نتوجه إلى سكان المبنى المحدد بالأحمر في… pic.twitter.com/Ed8C2uHJkN— افيخاي ادرعي (@AvichayAdraee) November 6, 2025
A operação desta quinta-feira tem como objetivo, segundo Tel Aviv, frustrar as tentativas do Hezbollah de “reconstruir suas atividades na região”. Mais cedo, a mídia local Keshet 12 antecipou que o regime sionista se preparava para uma possível nova rodada de ataques contra o movimento libanês.
Os ataques ocorrem no contexto de absoluta rejeição por parte do Hezbollah a qualquer negociação política com Israel, dizendo que tais negociações “não serviriam ao interesse nacional”. Fontes da imprensa israelense confirmaram que a operação desta quinta-feira foi elaborada em coordenação com os Estados Unidos, estes que ultimamente têm pressionado o Líbano a um acordo para desarmar o movimento libanês. Caso contrário, Washington ameaçou promover ataques.
“Reafirmamos nosso direito legítimo de nos defendermos contra um inimigo que impõe guerra ao nosso país e não cessa seus ataques”, disse o Hezbollah, referindo-se aos ataques aéreos israelenses em andamento, que acontecem apesar de um cessar-fogo acordado em novembro de 2024.
(*) Com Ansa























