Israel ataca sul do Líbano enquanto EUA pressionam por desarmamento do Hezbollah
Governo libanês aprova proposta norte-americana, mas grupo de resistência a chama de 'rendição'
Pelo menos uma pessoa morreu após um ataque aéreo israelense atingir um veículo na estrada entre Sidon e Tiro, no sul do Líbano, nesta sexta-feira (08/08), conforme confirmou o Ministério da Saúde libanês.
A Agência Nacional de Notícias do Líbano (NNA) informou que um drone israelense atacou o carro no distrito de Nabatieh, mas o Exército israelense não se manifestou sobre o caso. Imagens verificadas pela emissora catari Al Jazeera mostraram equipes de resgate no local e um carro em chamas à beira da estrada.
Em paralelo, duas bombas escaladas por Israel também atingiram a área entre as cidades de Al-Jabayn e Yarin, no sul do Líbano, provocando um incêndio na região. As equipes de defesa civil da Associação Al-Risala foram até o local apagar o fogo.
A região de Rmeish, sul do país, também foi alvo, mas nenhum civil se feriu. Outros drones foram vistos circulando nas cidades de Kfarsir, Briqaa, and Qaaqiyat al-Jisr nesta sexta-feira.

O presidente do Líbano, Joseph Aoun, convocou uma reunião de gabinete no palácio presidencial de Baabda para discutir o desarmamento do grupo Hezbollah no país, enquanto Washington pressionava por medidas
National News Agency of Lebanon
Proposta dos EUA para desarmar o Hezbollah
O gabinete libanês reuniu-se na quinta-feira (07/08) para discutir o desarmamento do Hezbollah, grupo de resistência libanês. O primeiro-ministro Nawaf Salam afirmou que os ministros aprovaram os “objetivos” de uma proposta norte-americana para restringir armas ao Estado, mas sem cronograma definido.
O ministro da Informação destacou que, embora o governo apoiasse o fim das operações militares do Hezbollah até o final do ano — paralelamente à retirada israelense —, não houve debate sobre prazos.
Mahmoud Komati, vice-chefe do Conselho Político do Hezbollah, classificou a decisão como “marcha de humilhação” e rendição a Israel e EUA. Em entrevista à Al Jazeera Mubasher, ele afirmou: “Nenhum Estado no mundo desarma sua resistência enquanto o inimigo ocupa suas terras e ataca diariamente. Continuaremos a exercer nosso direito à autodefesa, conforme a Carta da ONU”.























