Terça-feira, 16 de dezembro de 2025
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Apesar da insistência ucraniana e das pressões de países europeus, 51 dos 55 chefes de Estado africanos boicotaram o evento virtual com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na última segunda-feira (20/06).

Segundo o jornal francês Le Monde, desde o mês de abril, a Ucrânia tentava organizar uma videoconferência com os países da União Africana (UA). No entanto, o encontro foi repetidamente adiado pelo bloco, que juntamente com outros países do sul global, mantém uma posição de neutralidade em relação ao conflito entre Rússia e Ucrânia.

A sessão foi realizada nesta semana, no entanto, com a presença de apenas quatro líderes africanos, identificados pela portal The Africa Report: o presidente do Senegal, Macky Sall, da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, do Congo, Denis Sassou Nguesso, e Mohamed al-Menfi, líder do Conselho Presidencial da Líbia.

Na sessão com Zelensky, esteve ainda presente o político chadiano Moussa Faki Mahamat, atual presidente da Comissão da União Africana, além de alguns diplomatas de outros países.

Somente quatro dos 55 chefes de Estado africanos compareceram a evento com presidente ucraniano

Twitter/Moussa Faki Mahamat

Desde abril a Ucrânia tentava organizar uma videoconferência com os países da União Africana (UA)

“Reiteramos a posição da União Africana quanto à necessidade urgente do diálogo para pôr fim ao conflito [entre Rússia e Ucrânia] e permitir o regresso da paz à região, restaurando a estabilidade global”, afirmou Mahamat no Twitter.

Ainda de acordo com o jornal britânico The Guardian, muitos países do continente africano tem um “forte sentimento anti-imperialista” e, apesar de “apelarem pela paz”, apontam a expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) como responsável pela guerra.

Por sua vez, a Rússia também tem importantes relações comerciais com África e, sendo um dos principais produtores de trigo mundiais, é uma fonte importante de alimentos para o continente.

(*) Com AbrilAbril