Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O Ministério Público Federal da Alemanha informou nesta quinta-feira (21/08) a prisão de um suspeito no envolvimento da explosão dos gasodutos Nord Stream, que vão da Rússia até a União Europeia, em 2022.

O suspeito é um cidadão ucraniano, identificado como Serhii K., de 49 anos. Ele foi detido na cidade de San Clemente, província de Rimini, na Emilia-Romagna, Itália, onde passava férias com a família.

Ele foi preso durante à noite com base em um mandado de prisão europeu, e sua localização foi possível graças a uma colaboração entre agentes da Itália e o Serviço de Cooperação Policial Internacional. O ucraniano foi levado para o cárcere em Bolonha, enquanto aguarda para ser entregue à Alemanha.

Segundo relatos, o homem estava em um iate fretado para a suposta sabotagem ao Nord Stream em 26 de setembro de 2022, quando o gasoduto foi atingido por explosões em alto mar. O suspeito é acusado de fazer parte de um grupo “que colocou dispositivos explosivos nos gasodutos Nord Stream 1 e Nord Stream 2”, disseram os promotores, acrescentando que “ele é tido como um dos coordenadores da operação”.

 Rússia denunciou que sabotagem foi realizada com apoio dos EUA e abriu investigação por terrorismo internacional
Tim Reckmann

“O iate havia sido alugado anteriormente de uma empresa alemã com a ajuda de documentos de identidade falsos obtidos por meio de intermediários”, afirmaram ainda as autoridades.

A explosão nos gasodutos ocorreram no primeiro ano da guerra na Ucrânia. Contudo, em meio às investigações, tanto Moscou quanto Kiev negaram qualquer envolvimento no incidente.

No entanto, segundo a imprensa alemã, as investigações apontaram para uma célula ucraniana de cinco homens e uma mulher que fretou o iate no porto de Rostock, na Alemanha, e executou o ataque.

De acordo com a revista Der Spiegel, o objetivo era destruir os gasodutos para impedir que a Rússia lucrasse no futuro com as vendas de gás para a UE.

Na época, a Rússia denunciou que a sabotagem do Nord Stream foi realizada com apoio dos Estados Unidos. Já a Procuradoria-Geral do país abriu uma investigação por terrorismo internacional.

(*) Com Ansa e informações da TASS