Ucrânia ataca uma das maiores usinas de petróleo da Rússia
Drone ucraniano atingiu complexo pertencente à petrolífera Bashneft; representante russo na ONU, Vasily Nebenzy denuncia Kiev de querer 'prolongar conflito'
Um drone ucraniano caiu atingiu neste sábado (13/09) um dos maiores complexos de refino de petróleo da Rússia, provocando um incêndio e causando danos leves, de acordo com uma autoridade regional russa. O complexo, que pertence à petrolífera russa Bashneft, fica nos arredores da cidade russa de Ufa, a cerca de 1.400 quilômetros da linha de frente na Ucrânia.
“Hoje, a planta de Bashneft foi alvo de um ataque terrorista com um drone. Um incêndio foi iniciado e está sendo extinto neste momento”, declarou o governador da região russa de Bashkortostan, no centro do país, Radiy Jabirov, pelo Telegram. Segundo o dirigente, um drone caiu na fábrica, enquanto outro foi abatido. Não houve vítimas ou feridos.
De acordo com o jornal britânico The Guardian, uma fonte da agência de inteligência militar GUR da Ucrânia reivindicou a responsabilidade pela ofensiva. Os ataques de Kiev direcionados a refinarias russas têm sido recorrentes desde o início da guerra, em fevereiro de 2022.
Em 2016, o Kremlin descreveu o complexo de refino de Ufa, Bashneft, como “um dos maiores do país”, dizendo que produzia mais de 150 tipos de produtos petrolíferos.

Pertencente à petrolífera russa Bashneft, complexo atingido fica nos arredores da cidade russa de Ufa, a cerca de 1.400 quilômetros da linha de frente na Ucrânia
Wikimedia Commons/RG72
Kiev rejeita negociações e quer ‘prolongar conflito’
Ainda neste sábado, durante uma sessão no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), o representante permanente da Rússia na ONU, Vasily Nebenzya, destacou que a Ucrânia nunca lutou pela paz e todas as suas ações visam prolongar o conflito.
“Assim que surgiu uma chance verdadeira de paz com a iniciativa do líder da Casa Branca, pronto para chegar às causas profundas da crise e buscar uma solução estável, Zelensky começou a renunciar a todas as iniciativas de paz expressas anteriormente. Isso apenas confirma o que temos dito o tempo todo: o regime de Kiev nunca teve nenhuma aspiração pela paz e tudo o que está fazendo visa apenas continuar o conflito, permanecer no poder e continuar a explorar seus manipuladores ocidentais “, disse o diplomata.
Nebenzya apontou também que, à medida que o índice de popularidade do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky despenca, o “combate contínuo” se torna uma “ferramenta de sobrevivência política” para as autoridades ucranianas.
O representante da ONU reiterou que Zelensky rejeitou o convite oferecido pelo presidente russo, Vladimir Putin, de ir a Moscou para discutir um possível acordo de paz, e que por outro lado, continua exigindo de países europeus “suprimentos de armas e aumento da ajuda militar”.
(*) Com TASS























