Sábado, 6 de dezembro de 2025
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A sede do governo da Ucrânia pegou fogo após a capita do país, Kiev, ser alvo de uma intensa onda de bombardeios lançados pela Rússia, durante a madrugada deste domingo (07/09), ação que resultou na morte de pelo menos cinco pessoas.

Em um comunicado divulgado pela primeira-ministra ucraniana, Yulia Svyrydenko, Kiev afirmou que “pela primeira vez, o telhado e os andares superiores do prédio do governo foram atingidos por um ataque inimigo”.

O comunicado foi acompanhado por imagens mostrando um incêndio na fachada do prédio, localizado próximo à Presidência e ao Parlamento.

Durante a noite, sirenes de alerta aéreo soaram em diversas regiões do país. Kiev foi alvo de um ataque maciço com drones e mísseis, que deixou ao menos dois mortos e 18 feridos, segundo informações dos serviços de emergência. Vários edifícios residenciais também foram atingidos, e entre as vítimas está uma menina de apenas um ano.

“O mundo precisa reagir a essa destruição não apenas com declarações, mas com medidas concretas. É urgente intensificar as sanções, especialmente contra o setor de petróleo e gás da Rússia”, afirmou a primeira-ministra, que também reiterou o pedido por mais armamentos.

Versão russa

Por sua parte, o Ministério da Defesa da Rússia negou as afirmações ucranianas e garantiu que suas forças não atacaram o prédio do governo.

De acordo com o comunicado russo, “o ataque utilizou armas de alta precisão e veículos aéreos não tripulados contra as instalações de produção, montagem, reparo, armazenamento e lançamento de drones do governo ucraniano”.

O Ministério da Defesa russo indicou que os alvos do ataque foram a empresa industrial Kiev-67 e a base logística STS-GRUPP, ambas localizadas nos arredores da capital ucraniana.

“Os objetivos do ataque foram alcançados e todos os alvos designados foram atingidos. Nenhum ataque foi realizado contra outros alvos em Kiev”, afirmou o comunicado.

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Edifícios governamentais da Ucrânia amanheceram neste domingo (07/09) em chamas
Ministério de Relações Exteriores da Ucrânia

Avanço militar russo

As forças russas atualmente ocupam cerca de 20% do território ucraniano. As últimas semanas foram marcadas por intensa movimentação diplomática em busca de uma solução para o conflito.

Entre os encontros, destaca-se a cúpula realizada em 15 de agosto entre Donald Trump e o presidente russo, Vladimir Putin, no Alasca, seguida por uma visita a Washington do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, acompanhado por diversos líderes europeus.

Apesar dos esforços, nenhum avanço significativo foi alcançado, e Moscou continua a rejeitar os apelos por um cessar-fogo, mesmo após três anos e meio do conflito que mais deixou vítimas na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

Na quinta-feira (04/09), em Paris, vinte e seis países – em sua maioria europeus – comprometeram-se a contribuir com garantias de segurança à Ucrânia, visando prevenir um possível novo ataque russo após uma eventual suspensão das hostilidades.

No mesmo dia, Donald Trump anunciou que pretende se reunir em breve com Vladimir Putin.