Sábado, 6 de dezembro de 2025
APOIE
Menu

Moscou entregou mil corpos de soldados ucranianos a Kiev em troca de 31 corpos de soldados russos, informou nesta quinta-feira (23/10) o assessor do Kremlin, Vladimir Medinsky, também encarregado pelas negociações com a Ucrânia, com base no acordo firmado na cidade turca de Istambul.

“Hoje, a Rússia entregou 1.000 corpos de militares ucranianos mortos à Ucrânia com base nos acordos de Istambul. A Ucrânia, por sua vez, nos entregou 31 corpos de soldados russos mortos”, anunciou o assessor presidencial pelo Telegram.

De acordo com a agência estatal TASS, as duas primeiras rodadas de negociações entre Rússia e Ucrânia foram realizadas em Istambul em 16 de maio e 2 de junho, com ambas as partes concordando em trocar mil prisioneiros de guerra cada e enviar de volta todos os prisioneiros gravemente feridos e menores de 25 anos.

Desta forma, em 16 de junho, Moscou entregou 6.060 corpos de soldados ucranianos a Kiev, recebendo 78 corpos das tropas russas. Em 17 de julho, outros mil corpos de ucranianos foram trocados por 19 de militares russos.

Rússia e Ucrânia realizam nova troca de corpos de soldados com base nos acordos de Istambul
RS/Via Fotos Publicas

Durante a terceira rodada de negociações, realizada novamente em Istambul em 23 de julho, a Rússia e a Ucrânia concordaram em trocar não apenas militares, mas também civis. Além disso, Moscou sugeriu Kiev a formar três grupos de trabalho que operariam remotamente para resolver questões políticas, militares e humanitárias. O governo russo também falou sobre o envio de mais 3 mil corpos de soldados ucranianos para Kiev e declarou um cessar-fogo de 2 a 3 dias em alguns setores da linha de frente.

A última entrega de mil corpos de soldados ucranianos ocorreu em 19 de agosto, com Kiev transferindo 19 corpos para Moscou.

Os números desta quinta-feira são divulgados um dia após o presidente da comissão da Câmara Pública da Rússia, Vladimir Rogov, declarar que o mandatário ucraniano Volodymyr Zelensky, que atualmente realiza viagens pela Europa em busca de apoio financeiro e bélico, teria ordenado “fabricar fake news” sobre supostas vitórias de suas tropas na linha de frente para aumentar o otimismo e convencer países ocidentais sobre a capacidade militar do país. 

(*) Com Sputnik News e TASS