Rússia quer participar mais ativamente de negociações sobre segurança na Ucrânia
Após encontros de Trump com líderes da Europa no início da semana, Lavrov chama diplomacia europeia de ‘esforço desajeitado’ para influenciar republicano
O chanceler russo, Sergei Lavrov, afirmou, nesta quarta-feira (20/08), que Moscou precisa ser incluída em qualquer negociação internacional sobre as garantias de segurança da Ucrânia — a declaração se deu em meio a iniciativa do presidente dos EUA Donald Trump para uma reunião trilateral com o russo Vladimir Putin e o ucraniano Volodymyr Zelensky.
Lavrov avaliou que os debates atuais, que não contaram com a presença da Rússia, são parte de uma “escalada agressiva” da diplomacia europeia e de um “esforço desajeitado para influenciar Trump”.
“Discutir garantias de segurança seriamente sem a Rússia é um caminho para lugar nenhum”, afirmou ainda, durante visita à Jordânia. As informações são do jornal britânico The Guardian.

O chanceler russo, Sergei Lavrov, afirmou, nesta quarta-feira (20/08), que Moscou precisa ser incluída em qualquer negociação internacional sobre as garantias de segurança da Ucrânia
MFA Russia/X
O ministro também declarou que a China, aliada de Moscou, deveria estar entre os países discutindo a segurança da Ucrânia, retomando proposta feita por negociadores russos durante as conversas na Turquia ainda em 2022.
Já foi dito repetidas vezes por autoridades russas que Moscou não aceitaria o envio de forças europeias à Ucrânia, ponto que agora líderes europeus tentam promover.
Por outro lado, Kyiv deve reagir com ceticismo à ideia de que a China passe a atuar dentro das discussões sobre segurança no país.
Ainda, Lavrov evitou qualquer referência direta a uma possível cúpula entre Putin e Zelensky. Moscou, até o momento, não demonstra sinais de se preparar para tal encontro.
O chanceler russo também advertiu que qualquer contato entre os dois líderes deveria ser organizado “com o máximo de cuidado”.























