Terça-feira, 9 de dezembro de 2025
APOIE
Menu

A Rússia negou neste domingo (18/08) informações publicadas pelo jornal The Washington Post de que a invasão ucraniana da região de Kursk tenha atrapalhado supostas negociações indiretas entre Moscou e Kiev, destinadas a impedir ofensivas às instalações elétricas e energéticas de ambos os países.

No dia anterior, o veículo norte-americano noticiou que as delegações das duas nações se preparavam para ir à capital de Doha, no Catar, ainda neste mês, na tentativa de firmar um acordo que equivaleria a um “cessar-fogo parcial”, mas que o encontro teria sido cancelado após a Ucrânia invadir a área fronteiriça de Kursk, em 6 de agosto.

Em resposta a perguntas do Washington Post, o gabinete presidencial de Volodymyr Zelensky disse que as discussões de Doha foram adiadas devido à situação no Oriente Médio, mas que deveriam acontecer em videoconferência no dia 22 de agosto.

Por outro lado, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, desmentiu ao afirmar que “ninguém rompeu nada porque não havia nada para romper”.

“Não houve negociações, nem diretas nem indiretas, entre a Rússia e o regime de Kiev sobre a segurança da infraestrutura civil estratégica”, afirmou.

Twitter/Volodymyr Zelenskyy
Em 6 de agosto, as Forças Armadas da Ucrânia lançaram um ataque massivo, com pelo menos 2 mil combatentes, à região de Kursk, tratando-se da primeira incursão militar em território russo desde a Segunda Guerra Mundial

Incursão em Kursk

Em 6 de agosto, as Forças Armadas da Ucrânia lançaram um ataque massivo, com pelo menos 2 mil combatentes, à região de Kursk, tratando-se da primeira incursão militar em território russo desde a Segunda Guerra Mundial.

Segundo o representante permanente adjunto da Rússia nas Nações Unidas, Dmitri Polianski, a escolha ucraniana de ataque foi “inequívoca a favor da escalada e de novas hostilidades”.

“Esta é a melhor refutação para todos os nossos parceiros internacionais que têm afirmado que o regime de Kiev está inclinado para uma solução pacífica para a crise ucraniana. A resposta chegou e é uma escolha inequívoca a favor da escalada e da ação militar”, declarou.

Polianski sublinhou que a tentativa de ataque a Kursk foi “uma manobra da qual a Ucrânia sem dúvida se arrependerá amargamente”.

“Aqueles que esperavam que este ataque bárbaro semeasse a discórdia entre os russos e os assustasse estão cometendo um erro fatal. Este ato criminoso apenas fortaleceu a nossa sociedade e mostrou a verdadeira face do nosso inimigo, que nada merece mais do que derrota completa e destruição incondicional”.

(*) Com Ansa e RFI