A Rússia ultrapassou o Irã, ostentando agora o pouco invejável título de país mais sancionado do mundo. Várias nações ocidentais estão impondo milhares de medidas contra entidades e indivíduos russos, em reposta à guerra do Kremlin contra a Ucrânia.
O banco de dados Castellum.AI, focado no monitoramento global de sanções e outros fatores de risco, registra que desde 22 de fevereiro a Rússia já foi castigada com quase 4 mil penalidades. Na véspera, o presidente Vladimir Putin havia reconhecido como Estados autônomos as províncias separatistas pró-russas de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia, e ordenado a mobilização de tropas para a região.
Esse acréscimo, em resposta à invasão do país vizinho, elevou para mais de 6 mil o total das sanções que estão fazendo a economia da Rússia sofrer seriamente. A maioria das medidas punitivas anteriores se referia à anexação da península ucraniana da Crimeia, em 2014.
Por sua vez, o Irã foi submetido a 3.600 sanções na última década, principalmente devido a seu programa nuclear e seu apoio a organizações terroristas. A Síria, Coreia do Norte e Venezuela completam a lista dos cinco países mais punidos internacionalmente, segundo a Castellum.AI.
Campanha internacional coordenada
As penalidades ocidentais contra Moscou estão sendo aplicadas em ondas sucessivas, visando prejudicar de modo crescente a economia e os oligarcas nacionais. Nesse ínterim, as tropas de Putin continuam bombardeando cidades ucranianas, inclusive a capital, Kiev.
Entre as penalidades mais relevantes estão o congelamento dos ativos do Banco Central da Rússia, a retirada das instituições financeiras russas do sistema de transferências internacionais Swift, o embargo dos Estados Unidos a importações de petróleo e gás natural, e a suspensão, pela Alemanha, da autorização de funcionamento para o gasoduto Nord Stream 2.
























