Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O porta-voz da Presidência Russa, Dmitry Peskov, afirmou neste domingo (02/11) que um encontro entre Vladimir Putin seu homólogo dos Estados Unidos, Donald Trump, pode ocorrer futuramente, mas descartou urgência para sua realização.

De acordo com a agência de notícias TASS, a autoridade do Kremlin explicou que, embora a possibilidade de diálogo direto entre Putin e Trump exista, a prioridade do governo russo no momento é o avanço das negociações relacionadas ao conflito na Ucrânia.

“É possível, mas no momento não há necessidade disso”, declarou o porta-voz, destacando que “é necessário um trabalho minucioso no acordo com a Ucrânia”.

A fala de Peskov reforça o tom de cautela adotado por Moscou em relação ao relacionamento com Washington, num contexto de tensões geopolíticas e impasses diplomáticos sobre o futuro das tratativas de paz.

Putin e Trump já se encontraram, em agosto passado, em cúpula no Alasca
Official White House Photo by Daniel Torok

O Kremlin tem reiterado que seu foco está na consolidação de um processo de negociação que leve a resultados concretos, sem a pressa de promover encontros de cúpula apenas por simbolismo político.

Moscou mantém, assim, a estratégia de concentrar esforços na questão ucraniana, considerada central para a segurança e a política externa da Rússia.

As exigências russas para um acordo com a Ucrânia envolvem a retirada completa das forças ucranianas do Donbass, a região da bacia do rio Donets, que engloba as províncias de Donetsk e Lugansk, e congelar a situação nas províncias de Kherson e Zaporizhzhia, controladas parcialmente por Moscou. Em troca, a Rússia não tentaria conquistar novos territórios na Ucrânia.

Além disso, a Rússia também quer que idioma russo seja reconhecido como uma das línguas oficiais da Ucrânia e cobrou garantias de segurança para as igrejas ortodoxas ligadas ao Patriarcado de Moscou.

Segundo a TASS, os presidentes da Rússia e dos EUA haviam concordado em realizar uma reunião em Budapeste, na Hungria, após uma conversa em 16 de outubro. Contudo, em 23 de outubro Trump anunciou que a cúpula seria adiada por tempo indeterminado, afirmando que não seria capaz de alcançar “o que é necessário” nas datas previstas.

Esta não seria a primeira reunião dos presidentes, que se encontraram em agosto passado no Alasca, oportunidade em que discutiram a guerra na Ucrânia.

(*) Com Brasil247