Domingo, 21 de dezembro de 2025
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Vladimir Putin, o presidente da Rússia, ordenou nesta quinta-feira (05/01) um cessar-fogo nos ataques na Ucrânia entre às 12h do dia 6 de janeiro e à meia-noite do dia 7, por conta do Natal ortodoxo, data celebrada por ambos os países eslavos.

“Visto o apelo de Sua Santidade, o patriarca Cirilo, indico ao Ministro da Defesa da Federação Russa a introdução de um regime de cessar-fogo longo”, diz a nota, que foi republicada por agências de notícias estatais russas.

A decisão foi tomada após um apelo feito pelo primaz da Igreja Ortodoxa Russa, onde pediu a cessão dos ataque para que “todos os ortodoxos” pudessem participar das celebrações da véspera e do Natal em regiões marcadas pelos conflitos entre Rússia e Ucrânia.

Após o anúncio do presidente, o Kremlin pediu para que Kiev “respeite” o cessar-fogo “considerando que um grande número de cidadãos da fé ortodoxa vivem nas áreas de combate”.

O principal conselheiro da Presidência da Ucrânia, Mikhailo Podolyak, no entanto, afirmou, logo após a manifestação de Cirilo, que o pedido para uma trégua na guerra é uma “armadilha cínica” aproveitada por Moscou.

Decisão foi tomada após apelo feito pela Igreja Ortodoxa Russa, que pediu a cessão dos ataque para que 'todos os ortodoxos' pudessem participar das celebrações

kremlin.ru

Após o anúncio do presidente, Kremlin pediu para que Kiev ‘respeite’ cessar-fogo

“A igreja não é uma autoridade dentro do mundo ortodoxo e age apenas como uma máquina de propaganda de guerra”, afirmou Podolyak.

O representante ucraniano também se manifestou após o anúncio de Putin, dizendo que os russos deveriam “manter a hipocrisia para si mesmos”.

Natal ortodoxo

A celebração dos ortodoxos ocorre em um dia diferente dos católicos por conta dos calendários diferentes seguidos pelas religiões.

Enquanto os seguidores do catolicismo celebra nos dias 24 (véspera) e 25 de dezembro (nascimento de Cristo) seguindo o calendário gregoriano, imposto em 1582 pelo Papa Gregório, diversas são as igrejas ortodoxas que usam o calendário juliano, criado em 45 a.C. pelo imperador romano Júlio César.

No entanto, cada instituição ortodoxa segue suas próprias determinações, algumas delas celebrando o Natal em dezembro e outras em janeiro.

(*) Com Ansa.