Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, declarou nesta segunda-feira (28/07) que, pela primeira vez na história, seu país está “lutando sozinho” contra o Ocidente.

“Durante a Primeira e a Segunda Guerras Mundiais, tínhamos aliados. Agora, não temos aliados no campo de batalha. Portanto, precisamos confiar em nós mesmos, e não há espaço para fraquezas”, declarou durante um discurso no Fórum Nacional de Jovens Educadores Terra Scientia, citado pela agência de notícias russa TASS.

O chanceler do governo de Vladimir Putin afirmou que “vê o nazismo retornando ao Ocidente”, afirmando que “mesmo durante a Guerra Fria” havia mais diálogo para evitar uma grande guerra.

“A Europa perdeu esse instinto e, da mesma forma, a vacina contra o nazismo começou a se esgotar. As forças que queriam destruir a Rússia no passado estão renascendo na Europa e, agora, escolheram a Ucrânia para servir de aríete contra nós”, denunciou.

Segundo Lavrov, “mesmo durante a Guerra Fria” havia mais diálogo do Ocidente para evitar uma grande guerra
Kremlin

Segundo o discurso de Lavrov reportado pela TASS, o Ocidente se esforça para “desencadear conflitos alinhados com seu desejo de permanecer no poder e manter a posição de hegemonia” porque ele não aceita ser apenas “um ator-chave”, apenas “o chefe”.

Por outro lado, disse que a Rússia “está pronta para dialogar com quaisquer vozes razoáveis que ainda existam nos países ocidentais” e que as principais exigências de Moscou para este diálogo são “que a OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte] pare de se expandir em direção às fronteiras russas e que as realidades locais no conflito da Ucrânia sejam reconhecidas”.

“Insistimos na nossa legítima reivindicação, ou seja, em garantir a nossa segurança: não deve haver arrastamento da Ucrânia para a OTAN, nem qualquer expansão da OTAN. O bloco já se expandiu para perto das nossas fronteiras, apesar das promessas feitas e dos documentos aprovados”, declarou Lavrov, afirmando que essa é uma “reivindicação crucial”.