Países ocidentais sabiam que Ucrânia estava atacando civis em locais de votação, diz Rússia

O ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, declarou nesta quarta-feira (20/03) que, durante as eleições presidenciais no país, militares ucranianos conduziram ataques intencionalmente direcionados a locais de votação, especificamente onde se concentravam civis, e que os conselheiros ocidentais tinham conhecimento disso.

“Eram conduzidos bombardeios direcionados a locais de votação e instituições estatais onde estavam exclusivamente civis. Isso era conhecido tanto pelo comando das Forças Armadas ucranianas quanto por seus assessores ocidentais”, acusou Shoigu, durante uma reunião do Ministério da Defesa.

De acordo com as autoridades de Moscou, durante os três dias das eleições russas, a defesa antiaérea nacional conseguiu abater 419 drones e 67 projéteis lançados pelas forças inimigas.

Durante o encontro, o ministro mencionou os Estados Unidos, principal nação aliada e financiadora da Ucrânia, dizendo que o país está cada vez mais preocupado em relação aos sucessos da Rússia, enquanto enfrenta dificuldades para justificar a situação de escassez no fornecimento de auxílio, incluindo armas, ao exército ucraniano.

 “Os Estados Unidos e seus satélites estão extremamente preocupados com o sucesso das Forças Armadas russas”, disse Shoigu.

Twitter/Wioletta Jadach
Durante o período eleitoral, Ucrânia atingiu instalações russas de petróleo e eletricidade com ataques de drones

Ataques durante eleições na Rússia

Antes mesmo das datas eleitorais de 15 a 17 de março, a Ucrânia já havia intensificado sua ofensiva na guerra, bombardeando povoados fronteiriços nas regiões de Belgorod e Kursk, atacando refinarias e tentando ultrapassar fronteiras.

Nesse sentido, Shoigu informou que o governo russo já tomou medidas e que “está empurrando o exército de Kiev para trás”. Reforçou também que suas forças militares estarão adicionando duas novas tropas e 30 formações até o fim deste ano. 

Segundo o balanço apresentado pelo Ministério nesta quarta-feira, desde o início de 2024, as perdas militares de Kiev excederam 71 mil homens e 11 mil unidades de armamentos, o equivalente a quase três vezes mais em comparação ao mesmo período do ano passado.

Ainda de acordo com a pasta, desde o início deste ano, os militares russos eliminaram quatro tanques Abrams, cinco Leopard, 27 veículos blindados Bradley, seis sistemas de lançamento de foguetes Himars e 11 lançadores de mísseis antiaéreos, incluindo cinco Patriots.

Durante os recentes ataques ucranianos, em oito dias, o exército de Kiev teve mais de 3.500 baixas, das quais 790 morreram.

(*) Com Sputnik News