'Não temos um pote de ouro': em Davos, chanceler dos EUA diz que financiamento à Ucrânia está no limite
Durante Fórum Econômico Mundial, Antony Blinken ressaltou que liberação de novos pacotes de auxílio será destinada para coordenar questões nacionais
Após uma série de apelos do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky às autoridades dos Estados Unidos em busca de recursos para a guerra contra a Rússia, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, pronunciou-se nesta quarta-feira (17/01) afirmando que Washington não tem um “pote de ouro” para financiar Kiev.
Durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, ao canal norte-americano de negócios CNBC, Blinken ressaltou que há uma necessidade anterior de coordenar as inquirições do Congresso antes de destinar verbas ao governo ucraniano. Ao longo da entrevista, a autoridade deixou claro que a maior parte dos valores contidos em Washington seriam gastos prioritariamente para resolver questões da própria nação.
“Olhe, não há pote mágico com dinheiro”, declarou Blinken ao veículo.
Por outro lado, o secretário norte-americano também destacou que se o Congresso não aprovar novos fundos, “será um problema real” tanto para a Ucrânia quanto para seu próprio país.
Recentemente, o coordenador de comunicações estratégicas do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca havia informado que os Estados Unidos já não tinham mais alternativas para seguir apoiando a Ucrânia.
John Kirby admitiu que há uma dificuldade financeira em enviar mais pacotes de assistência ao exterior, além de uma resistência por parte do Congresso em aprovar auxílio.
Por outro lado, o coordenador afirmou que em 27 de dezembro, o presidente norte-americano, Joe Biden, assinou o mais recente pacote de assistência de segurança que ainda não foi completamente entregue à Ucrânia, e acrescentou que ele será encaminhado em questão de semanas.

Flickr/Antony Blinken
'Não temos um pote de ouro', diz secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, sobre financiamento à Ucrânia
Com o início de uma nova fase das operações russas, a Casa Branca e os aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) passaram a trabalhar na intensificação de assistência militar à Ucrânia. Por diversas vezes, o Kremlin alertou os países ocidentais contra novas entregas de armas a Kiev, destacando que tais medidas inflam o conflito e que todo o equipamento militar ocidental acabará sendo destruído.
Zelensky atrás de ajuda financeira
A terceira e última viagem feita por Volodymyr Zelensky aos Estados Unidos desde o início do conflito com a Rússia, em dezembro passado, teve como principal objetivo a tentativa de desbloquear auxílios para combater Moscou na guerra.
Na ocasião, o líder ucraniano mandou um recado direto ao Congresso norte-americano e à Casa Branca de que a liberação de recursos “é uma questão de vida ou morte para a Ucrânia, e o tempo é crucial”.
No entanto, a tentativa de Zelensky acabou sendo fracassada, uma vez que os republicanos do Senado e na Câmara deixaram claro que a aprovação de novos fundos seria destinada para investir na proteção da fronteira com o México, reforçando as medidas anti-imigração com expulsões rápidas e critérios mais rigorosos para asilo.
(*) Com Sputnik News























