Moscou nega invasão de espaço aéreo polonês por drones russos
Kremlin rejeita 'provocação diária' da União Europeia e da OTAN, e diz que Polônia não forneceu provas que ligam dispositivos bélicos à Rússia
O Kremlin rejeitou nesta quarta-feira (10/09) a alegação da Polônia de que drones russos violaram o espaço aéreo do país. De acordo com o porta-voz presidencial, Dmitry Peskov, nenhuma evidência foi fornecida ligando os dispositivos bélicos à Rússia.
“A liderança da União Europeia e da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) acusa a Rússia de provocação diariamente. Na maioria das vezes, sem nem mesmo tentar fornecer argumentos”, apontou o representante, acrescentando que o país ainda não recebeu nenhum pedido de contato da liderança polonesa a respeito do incidente.
A declaração foi dada após o primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, ter afirmado que seu Exército interceptou um “grande número de drones russos” que teria cruzado a fronteira a partir do território ucraniano. Sem provas, Varsóvia classificou o episódio como uma “violação sem precedentes” e “ameaça real” à segurança nacional.
“Dezenove violações da indústria aeroespacial polonesa foram registradas” ao longo da madrugada, afirmou Tusk.

Porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, rejeita alegação da Polônia sobre invasão de drones russos
Пресс-служба Президента Российской Федерации
O Ministério da Defesa da Rússia também se prontificou a realizar consultas com as autoridades polonesas sobre o assunto. A pasta destacou que as forças de Moscou realizaram um ataque direcionado a empresas militares-industriais ucranianas nas regiões de Ivano-Frankovsk, Khmelnitsky e Zhitomir, bem como nas cidades de Vinnitsa e Lvov. Reiterou ainda que nenhuma instalação na Polônia foi planejada para ser alvejada, detalhando que o alcance dos veículos aéreos não tripulados que supostamente cruzaram a fronteira polonesa não ultrapassa 700 quilômetros.
“No entanto, estamos prontos para realizar consultas com o Ministério da Defesa polonês sobre este assunto”, enfatizou.
Depois de anunciar a suposta violação do espaço aéreo, Tusk invocou o Artigo 4 do tratado fundador da OTAN, que prevê consultas para caso algum dos membros do bloco acredite que sua segurança está ameaçada. Além disso, convocou o encarregado de negócios da Embaixada da Rússia em Varsóvia, Andrei Ordash, para consultas. O diplomata, no entanto, reiterou que “não foi apresentada nenhuma prova de que os drones tenham origem russa”.
(*) Com RT en Español e TASS























