Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, teve uma reunião por videoconferência com o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, na tarde desta quinta-feira (02/03).

Durante a conversa, o mandatário brasileiro apresentou novamente sua proposta de criar um grupo de países neutros que possam mediar uma negociação buscando primeiro um cessar fogo entre Rússia e Ucrânia, para depois iniciar o diálogo para um acordo de paz.

“A guerra entre Ucrânia e Rússia não é boa para ninguém. O Brasil participará de qualquer esforço em busca da paz, e reafirmei isso ao presidente Zelensky”, afirmou Lula em suas redes sociais.

O presidente também enfatizou que torce “para que não existam mais mortes e para que se possa estabelecer uma política de diálogo”.

Zelensky também comentou sobre a conversa com Lula em uma mensagem publicada em sua conta de Twitter, na qual agradeceu o voto brasileiro a favor da resolução aprovada na última sessão extraordinária da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

Durante videoconferência, presidente brasileiro foi convidado pelo homólogo ucraniano a visitar Kiev, e respondeu que irá ‘em momento oportuno’

Ricardo Stucket

Lula conversou com Zelensky sobre proposta de criação de grupos de países neutros para mediar negociações de paz entre Rússia e Ucrânia

“Tive um telefonema com o presidente do Brasil, Lula da Silva. Agradeci a ele por apoiar a nossa resolução”, afirmou o líder ucraniano, embora a autoria do documento aprovado tenha sido da delegação da Alemanha [o que não muda o fato de que o texto era abertamente favorável ao ponto de vista ucraniano sobre o conflito].

Nesta mesma quinta, o vice-chanceler russo Sergei Ryabkov disse “lamentar” a posição do Brasil a favor da resolução, considerada pelo Kremlin como um “documento infestado por um forte discurso antirrusso”.

“O voto mostra que foram feitas considerações outras que não aquelas sóbrias e uma profunda avaliação sobre o que ocorre e o que precedeu essa situação atual (…) Se o Brasil fosse capaz de apreciar de forma completa a lógica intrincada desse caso trágico e desafiador, então acho que o Brasil votaria numa forma que pelo menos seria de abstenção”, analisou Ryabkov em resposta a uma pergunta feita pelo jornalista Jamil Chade, do UOL, durante uma coletiva em Genebra.

A conversa entre Zelensky e Lula também foi marcada por um convite para que o brasileiro visite Kiev. Em resposta, o mandatário sul-americano disse que o fará “em um momento oportuno”.

“Destacamos a importância de defender o princípio da soberania e integridade territorial dos Estados. Também discutimos os esforços diplomáticos para trazer a paz de volta à Ucrânia e ao mundo”, concluiu o presidente do país europeu.