Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, afirmou nesta sexta-feira (18/07), durante um programa matinal na rádio Kossuth, que vários países europeus se opõem ao novo projeto de orçamento da União Europeia.

Em outro momento da entrevista, o mandatário da Hungria destacou que o plano prevê “enormes pagamentos à Ucrânia”, país que não é membro do bloco, e defendeu que o projeto seja “cancelado e reformulado”.

“Este orçamento vai destruir a União Europeia. Não acredito que ele sobreviva ao próximo ano. A Comissão Europeia terá que retirá-lo abertamente, de forma espetacular, ou recuar gradualmente e reescrevê-lo”, ressaltou Orbán.

O premiê húngaro argumentou que “os países europeus não aceitarão o orçamento elaborado pelos burocratas de Bruxelas”. Segundo ele, a proposta atual carece de estratégia e tem como único objetivo admitir a Ucrânia na União Europeia, algo que, em sua avaliação, não ocorrerá no futuro previsível.

Orbán pediu que Bruxelas evite “passos precipitados” e, em vez de integrar a Ucrânia, feche com o país um acordo de cooperação, já que “será impossível expulsar um membro após sua adesão”.

Além disso, classificou o plano como “orçamento da desesperança”, citando que 20% dos recursos seriam destinados diretamente à Ucrânia, dos quais entre 10% e 12% seriam usados para pagar juros de empréstimos anteriores do bloco.

“Se o orçamento for ampliado em alguns pontos percentuais, 30% dele sumirá. É como se não houvesse aumento. Os europeus pagarão, mas não receberão nada em troca”, concluiu.

Primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, declara que o orçamento vai destruir a União Europeia

Primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, declara que o orçamento vai destruir a União Europeia
EPP Political Assembly / Wikimedia Commons

Novas Sanções da UE contra a Rússia

Nesta sexta-feira (18/07), a União Europeia aprovou sua 18ª rodada de sanções contra a Rússia em resposta à guerra na Ucrânia, com medidas que visam sufocar a indústria de petróleo e energia russa. “Continuaremos a aumentar os custos da guerra, de modo que cessar a agressão se torne o único caminho para Moscou”, anunciou Kaja Kallas, chefe de política externa do bloco europeu.

O pacote inclui a redução do teto do preço do petróleo russo para US$ 47,60 por barril (contra US$ 70 do Brent no mercado internacional), proibição de transações com o gasoduto Nord Stream e com instituições do setor financeiro russo.

De acordo com o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a Europa “cortou a própria perna” ao decidir recusar energia barata da Rússia.