‘EUA usam Ucrânia para tentar derrotar a Rússia, e manter seu domínio militar e político sobre mundo’, diz Putin
Declaração foi dada durante lançamento do exercício naval Ocean-2024, que prevê aprimorar prontidão russa no mar; segundo presidente, Washington busca vantagem bélica na região da Ásia-Pacífico
O presidente russo Vladimir Putin afirmou nesta terça-feira (10/09) que a Ucrânia está sendo usada pelos Estados Unidos de forma estratégica para “infligir uma derrota” sobre Moscou e, assim, tentar consolidar sua hegemonia sobre o mundo.
“Vemos que os Estados Unidos estão tentando manter seu domínio militar e político global a qualquer custo. Com esse propósito, ao usar a Ucrânia, eles buscam infligir uma derrota estratégica à Rússia”, afirmou o líder do Kremlin, ao lembrar que Washington declara abertamente planos para implantar mísseis de médio e curto alcance, inclusive na região da Ásia-Pacífico.
A declaração foi dada durante o lançamento da fase ativa do exercício naval Ocean-2024, evento promovido pela primeira vez em três décadas e que tem como objetivo aprimorar a prontidão militar das tropas russas no mar.
Segundo Putin, a importância dos exercícios envolvendo a região da Ásia-Pacífico, em especial, se dá pelo fato de Washington estar buscando uma vantagem militar sólida na área, desencadeando, assim, uma corrida armamentista.
“Sob o pretexto de combater a ‘ameaça russa’ supostamente existente e dissuadir a China, os Estados Unidos e seus satélites estão aumentando sua presença militar perto das fronteiras ocidentais da Rússia — no Ártico e na região da Ásia-Pacífico”, disse Putin, acrescentando que as manobras norte-americanas “ignoram” a segurança de seus aliados europeus e asiáticos.

Reprodução/Lev Fedoseyev/TASS
Durante lançamento do exercício naval Ocean-2024, presidente russo Vladimir Putin afirmou que a importância do treinamento envolvendo a região da Ásia-Pacífico, em especial, se dá pelo fato de Washington estar buscando uma vantagem militar sólida na área
Ao todo, representantes de 15 países estão envolvidos como observadores nos treinamentos, incluindo as Forças Armadas da China. Os participantes vão praticar o uso integrado de armas de alta precisão, bem como outras armas modernas e avançadas.
“Continuaremos a fortalecer nossa Marinha, incluindo seu componente nuclear estratégico, desenvolver de forma sistemática e abrangente todos os ramos e tipos de tropas, aumentar as capacidades de ataque, melhorar o treinamento de tripulações de navios, unidades costeiras e de aviação, levando em consideração a experiência real de combate, e fazer tudo o que for necessário para proteger de forma confiável a Rússia e nossos cidadãos”, assegurou o líder russo.
(*) Com Sputnik























