Donald Trump cancela encontro com Putin em Budapeste
Ministério das Relações Exteriores russo enfatiza que Moscou continua aberta ao diálogo com EUA; republicano afirma que reunião ocorrerá no 'futuro'
O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou na quarta-feira (22/10) que havia cancelado seu encontro com o presidente russo, Vladimir Putin, agendado durante sua última conversa telefônica.
“Cancelei minha reunião com Putin. Não me pareceu certo encontrá-lo. Não achei que chegaríamos onde precisávamos, então cancelei”, declarou ele durante uma reunião com o Secretário-Geral da OTAN, Mark Rutte. “Mas faremos isso no futuro”, garantiu.
Por outro lado, Trump reiterou que tanto o presidente russo quanto o líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, desejam alcançar a paz no conflito. Ele também afirmou estar confiante de que a crise ucraniana poderá ser encerrada, insistindo que já mediou oito conflitos.
Moscou continua aberto ao diálogo
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia continua disposto a continuar os contatos com seus colegas norte-americanos para avançar em direção a uma resolução para o conflito ucraniano, disse sua porta-voz, Maria Zakharova, ao comentar o cancelamento do encontro entre Vladimir Putin e Donald Trump.
A porta-voz reiterou que os objetivos declarados no início da operação militar são inegociáveis. Entre eles, estão a desmilitarização da Ucrânia, a desnazificação, um status neutro, não nuclear e não pertencente ao bloco, o estabelecimento de direitos e liberdades “confiáveis” para a população de língua russa naquele país, bem como “a livre atividade da Igreja Ortodoxa Ucraniana”, afirmou.
“Este é o ponto de partida para o nosso diálogo com os EUA e outros países que desejam contribuir construtivamente para a resolução do conflito”, observou. “Precisamos de uma estrutura para soluções negociadas que eliminem as causas profundas do conflito e garantam uma paz sólida no contexto da construção de um sistema de segurança eurasiano e global indivisível.”
Zakharova observou que o lado russo “não vê grandes obstáculos” que impeçam a continuação do processo promovido pelos líderes de ambos os países para “chegar a um acordo sobre a estrutura política para a resolução do conflito”. Esta é uma tarefa “complexa e trabalhosa”, que “não deve ser realizada diante de microfones ou por meio de vazamentos”, mas sim por meio de “instrumentos diplomáticos”, acrescentou.























