Crise na Ucrânia? Eslováquia interrompe ajuda financeira e militar a Kiev

O governo eslovaco, ao se recusar a enviar outro pacote de assistência militar à Ucrânia, demonstrou que os fornecimentos do país acabaram, declarou nesta quarta-feira (08/11) o primeiro-ministro do país, Robert Fico.

O anúncio decorre da não-aprovação do governo de Fico sobre uma nova proposta de envio militar para a Ucrânia, no valor de € 40,3 milhões (R$ 196,4 milhões).

Contendo munições, este pacote de ajuda militar seria o 14º do país à Ucrânia desde o início do conflito, em fevereiro de 2022, totalizando envios de equipamentos militares no valor de € 671 milhões (R$ 2,27 bilhões).

“É com grande prazer que declaro que todo o governo, ou seja, todos os partidos nele representados, decidiu por unanimidade rejeitar o envio destas armas e destas munições para a Ucrânia. Com isso, mostramos que, em primeiro lugar, daremos prioridade à assistência humanitária, e que quaisquer entregas de armas e munições dos armazéns estatais do Exército para a Ucrânia terminaram”, disse Fico após a reunião do governo.

Afastamento dos Estados Unidos

A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID, na sigla em inglês) declarou também nesta quarta-feira (08/11) que não há mais financiamento para apoio orçamentário direto à Ucrânia, apontou o jornal Spuntiknews. 

“Neste momento, não há mais financiamento para apoio orçamentário direto. Sem mais dotações, o governo da Ucrânia precisaria utilizar medidas de emergência, como imprimir dinheiro ou não pagar altos salários, o que poderia levar à hiperinflação e prejudicar gravemente a guerra”, disse a administradora assistente da USAID para a Europa e Eurásia, Erin McKee.

O comentário feito por McKee aconteceu durante uma audiência do Comitê de Relações Exteriores do Senado dos EUA sobre a necessidade de financiamento suplementar para a Ucrânia.

Na última sexta-feira (03/11), foi anunciado pelo Departamento de Defesa dos EUA um novo pacote de US$ 425 milhões (cerca de R$ 2 bilhões) destinado à Ucrânia. Deste montante, US$ 300 milhões (cerca de 1,46 bilhão) são para assistência militar.

(*) Com Sputniknews