Sábado, 20 de dezembro de 2025
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O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, reforçou nesta quinta-feira (07/03) a posição de seu país sobre o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, afirmando estar favorável à realização de uma conferência internacional que inclua negociações de paz com a participação dos dois lados da guerra.

“A China apoia a convocação oportuna de uma conferência internacional de paz, reconhecida tanto pela Rússia quanto pela Ucrânia, com participação igualitária de todos os lados e discussão imparcial de todos os planos de paz”, declarou o chanceler chinês durante a coletiva de imprensa da segunda sessão da 14ª Assembleia Popular Nacional (APN) da China, que começou em Pequim na terça-feira (05/03) e se estenderá até segunda-feira (11/03).

Ainda de acordo com Wang Yi, que defende a reconciliação entre os países em conflito, a China sempre adotou uma postura “justa” em relação à guerra na Ucrânia.

“Tudo o que estamos fazendo visa atingir um objetivo: abrir caminho para acabar com a guerra e iniciar conversações de paz”, disse o diplomata. 

Em fevereiro de 2023, Pequim havia publicado um documento sobre a resolução do conflito ucraniano que incluía 12 pontos, entre eles a exigência de um cessar-fogo, o respeito dos interesses legítimos de segurança de todos os países e uma solução para a crise humanitária na Ucrânia.

Wikimedia Commons
Chanceler chinês deu declarações à imprensa sobre Oriente Médio após participar da segunda sessão da 14ª Assembleia Popular Nacional

Apelo para cessar-fogo imediato em Gaza

Wang Yi também fez importantes apontamentos em relação à guerra na Faixa de Gaza, declarando o “cessar-fogo imediato” como uma “prioridade absoluta” na região. Assim como o conflito na Ucrânia, o chanceler chinês também apelou para negociações de paz entre Israel e o Hamas, reafirmando o apoio que Pequim tem à Palestina. 

A autoridade classificou a situação humanitária no território palestino como uma “vergonha para a civilização” e defendeu a coexistência pacífica de “nações árabes e judaicas”, a chamada solução de dois Estados.

“É uma tragédia para a humanidade e uma vergonha para a civilização que hoje, em pleno século 21, este desastre humanitário não possa ser travado”, criticou Wang, pedindo urgência para que toda a ajuda humanitária internacional seja disponibilizada ao enclave palestino.

(*) Com Sputnik News