Sábado, 6 de dezembro de 2025
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A Casa Branca confirmou nesta terça-feira (15/07) que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, conversou com seu homólogo ucraniano Volodymyr Zelensky sobre a possibilidade de atacar Moscou.

Segundo um comunicado concedido pela secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, à emissora norte-americana ABC News, Trump e Zelensky discutiram a capacidade da Ucrânia em atacar a capital da Rússia e São Petersburgo, segunda maior cidade do país.

De acordo com o texto, os ataques seriam realizados por Kiev com armas fornecidas pelos Estados Unidos, mas não foram executados.

O posicionamento da Presidência dos EUA vem após uma reportagem do jornal britânico Financial Times noticiar que Trump havia questionado se a Ucrânia conseguiria atacar Moscou com mísseis norte-americanos de longo alcance.

 encontro entre Donald Trump com Volodymr Zelensky na Casa Branca

Ataque contra Moscou e São Petersburgo teria sido considerado durante conversa telefônica entre Trump e Zelensky em 4 de julho
Daniel Torok/White House

O periódico publicou a informação também nesta terça-feira, com base em relatos de “pessoas informadas sobre as discussões”. Segundo o texto, Trump queria que os russos “sentissem a dor” e perguntou a Zelensky: “você pode atingir Moscou? … você pode atingir São Petersburgo também?”.

“Com certeza. Podemos, se você nos der as armas”, teria respondido o mandatário ucraniano na conversa realizada em 4 de julho.

O jornal britânico ainda escreveu que o diálogo “marca um afastamento acentuado da posição anterior de Trump sobre a guerra e sua promessa de campanha de acabar com o envolvimento dos EUA em conflitos estrangeiros”.

Por fim, Leavitt afirmou que o periódico “desviou a discussão totalmente fora do contexto”. “O presidente Trump estava apenas fazendo uma pergunta, não incentivando mais mortes. Ele está trabalhando incansavelmente para impedir a matança e acabar com esta guerra”, justificou a porta-voz.

Quando o ex-presidente dos EUA, Joe Biden (2021-2025), autorizou que a Ucrânia usasse de mísseis norte-americanos de longo alcance para atacar a Rússia, em novembro passado, Trump criticou a medida, prometendo que a reverteria durante seu mandato. A promessa não foi realizada e a autorização segue em vigor.

(*) Com informações de Folha de S. Paulo, CNN e The Guardian