Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O governo da Rússia rebateu nesta sexta-feira (04/03) os comentários feitos pelo senador norte-americano Lindsey Graham, do Partido Republicano, que sugeriu que o presidente russo Vladimir Putin fosse assassinado para que a guerra na Ucrânia fosse encerrada. 

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que “nem todos conseguem manter a cabeça fria hoje em dia, algumas pessoas perdem o juízo”.

Peskov também denunciou o que classificou como um sentimento “anti-russo nos EUA” e exigiu uma explicação oficial dos Estados Unidos diante do comentário que considerou como um “ato de terrorismo”. 

Anatoly Antonov, embaixador da Rússia em Washington, também condenou as falas de Graham, afirmando que o comentário é “ultrajante” e “inaceitável”.

Em entrevista ao canal Fox News na última quinta-feira (03/03), o senador republicano perguntou se havia “um Brutus” na Rússia e afirmou que “a única maneira disso terminar é alguém na Rússia tirar esse cara”. Graham fez referência a Brutus, um dos assassinos do imperador romano Júlio Cesar. 

Embaixador da Rússia nos EUA disse que o comentário é 'ultrajante' e 'inaceitável'; republicano se defendeu alegando que sugeriu 'golpe', não assassinato

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O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que “nem todos conseguem manter a cabeça fria hoje em dia, algumas pessoas perdem o juízo”

Após a entrevista, o senador voltou a fazer comentários no mesmo sentido, desta vez em seu perfil no Twitter. 

“Há um Brutus na Rússia? Há um Coronel Stauffenberg mais bem sucedido no Exército russo? A única maneira de acabar com isso é alguém na Rússia tirar esse cara. Você estaria fazendo um grande serviço para o seu país e para o mundo”, escreveu o senador.

Na publicação, além de voltar a fazer referência a um dos assassinos do imperador romano, Graham citou o Coronel Stauffenberg, oficial do exército alemão que tentou matar Adolf Hitler em 1944. 

Segundo o porta-voz do senador, o que Graham sugeriu foi “um golpe” para remover Putin.