Rússia está 'pronta' para falar com enviado do Papa, diz Lavrov
Cardeal Zuppi realizou primeira missão ao território russo em junho passado, mas não foi recebido por Putin nem pelo ministro
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, anunciou nesta sexta-feira (15/09) que as autoridades do país estão “prontas” para dialogar com o enviado do papa Francisco para a guerra na Ucrânia, o cardeal Matteo Zuppi.
“O enviado do Papa à Ucrânia planeja uma viagem a Moscou e as autoridades russas estão prontas para falar com ele”, afirmou o chanceler.
Sem citar o nome de Zuppi, Lavrov enfatizou que “os esforços do Vaticano continuam e seu enviado voltará a Moscou”. O cardeal realizou sua primeira missão ao território russo em junho passado, mas não foi recebido por Putin nem pelo ministro.
“Moscou continua pronto para responder a todas as perguntas sérias, mas a 'bola' para organizar as negociações está no campo ucraniano”, acrescentou ele, falando sobre as possibilidades da resolução do conflito.
Desde o início do conflito, em fevereiro de 2022, Francisco tem feito diversos apelos pelo encerramento do conflito e nomeou Zuppi para tentar negociar o fim da ofensiva.

Flickr/UN Geneva
Lavrov enfatizou que "os esforços do Vaticano continuam e seu enviado voltará a Moscou"
Até agora, o cardeal já passou pela Rússia, Ucrânia e Estados Unidos e China, como parte de seu esforço diplomático para identificar iniciativas humanitárias para abrir “caminhos para a conquista da paz”.
'Unir esforços' com China por paz
Em sua última viagem, na China, o enviado de Francisco declarou a necessidade da “união de esforços para promover o diálogo”. Na viagem, Zuppi foi recebido no Ministério das Relações Exteriores da China, por Li Hui, representante especial de Negócios euroasiáticos.
“A reunião, realizada em um clima aberto e cordial, foi dedicada à guerra na Ucrânia e às suas dramáticas consequências, destacando a necessidade de unir os esforços para favorecer o diálogo e encontrar caminhos que levem à paz”, informou a Santa Sé.
Também foi abordado o problema da segurança alimentar, “com a esperança de que se possa em breve garantir a exportação de cereais, sobretudo pelos países mais em risco”.
(*) Com Ansa























