Sábado, 6 de dezembro de 2025
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A Venezuela declarou, na última quarta-feira (23/07), que o regime do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, virou “uma máquina criminosa comparável aos crimes mais hediondos do século XX”, como o nazismo. 

“Mas enquanto o nazismo agiu na sombra, o sionismo perpetra o extermínio em plena luz do dia, zombando da consciência da humanidade e do direito internacional”, afirmou Caracas por meio de um comunicado divulgado pelo ministro das Relações Exteriores, Yván Gil. 

O documento denunciou a “barbárie sistemática que o regime sionista de Israel continua a realizar contra o povo palestino na Faixa de Gaza” e expressou sua “mais profunda indignação e absoluta condenação” ao genocídio promovido pelas Forças de Defesa Israelenses (IDF, na sigla em inglês) no enclave palestino. 

Ao denunciar a morte dos civis palestinos famintos que morrem nos centros de distribuição de ajuda humanitária, o governo venezuelano afirmou que as autoridades israelenses tornam-se “criminosas de guerra” ao realizar “uma das práticas mais desumanas conhecidas: o assassinato deliberado de civis nos centros de distribuição de alimentos”. 

Venezuela classificou mortes de civis famintos como “uma das práticas desumanas mais conhecidas”
IRNA/Fotos Públicas

“Centenas de pessoas foram executadas a sangue frio enquanto procuravam por alimentos ou água. Famílias inteiras foram alvos de atiradores e drones, como parte de uma política planejada de extermínio, executada com impunidade”, declarou o comunicado. 

O documento do governo de Nicolás Maduro também se posicionou sobre a anexação ilegal de territórios na Cisjordânia por colonos israelenses. Esse ato é uma “violação aberta e reiterada do direito internacional” e “constitui um crime de agressão, apartheid e colonialismo”. 

Por fim, a Venezuela ainda exigiu que a Organização das Nações Unidas (ONU) “aja imediatamente e com força para impedir esse massacre, interromper a anexação ilegal e garantir que Netanyahu, seus colaboradores e todos os responsáveis enfrentem a justiça”. 

“Não há impunidade eterna: mais cedo do que tarde, eles devem ser julgados e condenados”, finalizou o comunicado, ao reafirmar o “apoio firme, inabalável e militante ao direito do povo palestino de constituir um Estado livre, soberano e independente, com as fronteiras anteriores a 1967 e Jerusalém Oriental como sua capital, de acordo com o direito internacional e as resoluções relevantes das Nações Unidas”.