Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aumentou as pressões contra a Rússia em torno do acordo de paz com a Ucrânia. Nesta segunda-feira (28/07), durante uma reunião com o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, na Escócia, ele fixou um novo prazo.

“Vou fixar uma nova data limite de uns 10 ou 12 dias a partir de hoje. Não há razão para esperar”, disse, ao mencionar que o prazo anterior de 50 dias foi estabelecido por “generosidade”.

Em 14 de julho, Trump prometeu aplicar tarifas secundárias de 100% a países que mantivessem comércio com a Rússia, caso um acordo de paz não fosse firmado em 50 dias. O Kremlin afirmou, na época, que as medidas eram “bastante sérias” e dirigidas pessoalmente contra o presidente russo, Vladimir Putin. A China considerou a ameaça uma “coerção” dos Estados Unidos.

Nesta segunda-feira, ao ser questionado sobre suas relações com o presidente Vladimir Putin, Trump afirmou que sempre se deu bem com o líder russo. “Tive uma excelente relação com ele. Ele também passou pelo escândalo da Rússia”, destacou, ao mencionar as acusações de interferência russa nas eleições de 2026, o que Moscou nega.

Sanções

“Nunca pensei que isso aconteceria. Achei que poderíamos negociar alguma coisa”, complementou Trump, ao garantir que agora “não está tão interessado” em negociações. O presidente norte-americano, porém, mencionou as terras raras do país. “Eles têm muitas coisas valiosas. Eles têm terras raras sérias”, apontou.

Trump disse ainda que pretende aplicar “sanções secundárias” contra a Rússia, a menos que eles cheguem a um acordo: “pode ser que cheguemos a um acordo. Não sei”.

‘Vou fixar uma nova data limite de uns 10 ou 12 dias a partir de hoje. Não há razão para esperar’, afirmou Trump
Molly Riley / White House

O Kremlin ainda não se manifestou especificamente sobre as declarações do presidente dos Estados Unidos. Nesta manhã, Peskov afirmou que a Rússia “está pronta para dialogar com quaisquer vozes razoáveis que ainda existam nos países ocidentais” e que as principais exigências de Moscou para este diálogo são “que a OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte] pare de se expandir em direção às fronteiras russas e que as realidades locais no conflito da Ucrânia sejam reconhecidas”.

“Não deve haver arrastamento da Ucrânia para a OTAN, nem qualquer expansão da OTAN. O bloco já se expandiu para perto das nossas fronteiras, apesar das promessas feitas e dos documentos aprovados”, declarou.