Sábado, 6 de dezembro de 2025
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Nesta segunda-feira (07/07), na Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, para um jantar privado onde discutiram um possível pacto de cessar-fogo de 60 dias na Faixa de Gaza. A campanha de extermínio do entidade sionista já causou mais de 57 mil mortes palestinas desde 7 de outubro de 2023.

Antes da reunião, Netanyahu manteve encontros independentes na Casa Blair, residência oficial de mandatários estrangeiros, com o secretário de Estado, Marco Rubio, e o enviado especial de Trump para o Oriente Médio, Steve Witkoff.

À medida que o primeiro-ministro israelense se aproximava da Casa Branca, manifestantes se posicionaram fora da área de segurança, portando bandeiras palestinas e cartazes, acusando-o de perpetrar um genocídio contra os palestinos em Gaza.

Este é o terceiro encontro entre Trump e Netanyahu neste ano. Ele ocorre enquanto delegações de Israel e do Hamas discutem no Catar os detalhes da mais recente proposta de trégua e libertação de prisioneiros promovida por Washington.

Durante o jantar, Netanyahu contou que indicou nome de Trump ao Comitê do Prêmio Nobel
Reprodução X / @WhiteHouse

O acordo

Trump tentou capitalizar a força provocada pela recente trégua entre Israel e o Irã para alcançar um pacto semelhante em Gaza. Ele declarou que gostaria de ver um acordo fechado esta semana.

A proposta sobre a mesa, idealizada por Steve Witkoff, propõe uma trégua de 60 dias na ofensiva de extermínio de Israel, na qual o Hamas libertaria 10 israelenses sequestrados e os corpos de 18 pessoas que ainda estão em Gaza.

Em troca, eles receberiam palestinos sequestrados que estão em prisões israelenses, em uma quantidade que dependerá de quais reféns são libertados. Conforme estimativas das autoridades de Israel, existem cerca de 50 reféns na Faixa de Gaza, 20 estariam vivos.

O acordo estipula que durante os 60 dias de trégua, Israel e o Hamas devem negociar os termos para um fim definitivo do conflito, embora as posições continuem muito distantes. Israel sustenta que o fim do conflito deve contemplar a eliminação do Hamas e propôs confinar os habitantes de Gaza em uma cidade no sul do território. Já o grupo de resistência islâmica exige a expulsão completa das tropas israelenses de Gaza.

Durante o jantar, Netanyahu afirmou que Trump está “forjando a paz neste exato momento em um país e em uma região, após a outra”. E acrescentou: “por isso, quero lhe apresentar, senhor presidente, a carta que enviei ao comitê do Prêmio Nobel. Nela, eu o indico para o Prêmio da Paz, o que é muito merecido”.