Sábado, 6 de dezembro de 2025
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As forças israelenses mataram pelo menos 51 palestinos desde o amanhecer desta terça-feira (22/07), incluindo 10 pessoas que buscavam ajuda humanitária, conforme relatos de fontes médicas em Gaza. Os ataques ocorreram um dia após tanques israelenses avançarem pela primeira vez para as regiões sul e leste de Deir el-Balah.

O chefe de direitos humanos da ONU, Volker Turk, alertou sobre mais assassinatos de civis, após novas ameaças de deslocamento forçado de Israel para Deir el-Balah. “Parecia que o pesadelo não poderia piorar. E piora mesmo”, afirmou.

“Dada a concentração de civis na área e os meios e métodos de guerra empregados por Israel até agora, os riscos de assassinatos ilegais e outras violações graves do direito internacional humanitário são extremamente altos”, acrescentou o alto comissário da ONU para os direitos humanos.

Em paralelo, o Ministério da Saúde de Gaza informou que 15 pessoas, sendo quatro crianças, morreram devido à fome e desnutrição no enclave. Philippe Lazzarini, chefe da UNRWA, alertou que profissionais de saúde estão “desmaiando de exaustão e fome” enquanto tentam salvar vidas em meio ao colapso do sistema médico.

Fontes do Hospital al-Shifa relataram à emissora catari Al Jazeera que o setor de diálise do principal centro médico de Gaza está inoperante por falta de combustível, consequência do bloqueio sionista. O balanço total da guerra já alcança 59.029 mortos e 142.135 feridos palestinos desde outubro de 2023.

Médicos dos maiores hospitais de Gaza dizem que as vidas de mais de 100 bebês prematuros e 350 pacientes de diálise estão em risco devido à escassez de combustível causada pelo cerco contínuo de Israel

O Ministério da Saúde de Gaza informou que 15 pessoas, sendo quatro crianças, morreram devido à fome e desnutrição no enclave
Mohammad Emad / IRNA /via Fotos Publicas

Líder religioso denuncia situação após visita

O Patriarca Latino de Jerusalém, Pierbattista Pizzaballa, criticou duramente a ofensiva israelense após visitar Gaza.

“Não temos nada contra o mundo judaico e não queremos, de forma alguma, parecer contra a sociedade israelense e o judaísmo. Mas temos o dever moral de expressar nossas críticas às políticas deste governo em Gaza com absoluta clareza e franqueza”, disse ao Vatican News.

Sua visita ocorreu dias após um ataque israelense atingir a única igreja católica de Gaza, matando três pessoas e ferindo outras dez – ação que Israel classificou como “erro”. Pizzaballa descreveu cenas chocantes: tendas superlotadas, condições “extremamente precárias” e crianças mutiladas nos hospitais.