Tanques israelenses matam 51 palestinos em Gaza
15 pessoas, incluindo quatro crianças, morreram de fome e desnutrição vítimas do bloqueio de ajuda humanitária
As forças israelenses mataram pelo menos 51 palestinos desde o amanhecer desta terça-feira (22/07), incluindo 10 pessoas que buscavam ajuda humanitária, conforme relatos de fontes médicas em Gaza. Os ataques ocorreram um dia após tanques israelenses avançarem pela primeira vez para as regiões sul e leste de Deir el-Balah.
O chefe de direitos humanos da ONU, Volker Turk, alertou sobre mais assassinatos de civis, após novas ameaças de deslocamento forçado de Israel para Deir el-Balah. “Parecia que o pesadelo não poderia piorar. E piora mesmo”, afirmou.
“Dada a concentração de civis na área e os meios e métodos de guerra empregados por Israel até agora, os riscos de assassinatos ilegais e outras violações graves do direito internacional humanitário são extremamente altos”, acrescentou o alto comissário da ONU para os direitos humanos.
Em paralelo, o Ministério da Saúde de Gaza informou que 15 pessoas, sendo quatro crianças, morreram devido à fome e desnutrição no enclave. Philippe Lazzarini, chefe da UNRWA, alertou que profissionais de saúde estão “desmaiando de exaustão e fome” enquanto tentam salvar vidas em meio ao colapso do sistema médico.
Fontes do Hospital al-Shifa relataram à emissora catari Al Jazeera que o setor de diálise do principal centro médico de Gaza está inoperante por falta de combustível, consequência do bloqueio sionista. O balanço total da guerra já alcança 59.029 mortos e 142.135 feridos palestinos desde outubro de 2023.

O Ministério da Saúde de Gaza informou que 15 pessoas, sendo quatro crianças, morreram devido à fome e desnutrição no enclave
Mohammad Emad / IRNA /via Fotos Publicas
Líder religioso denuncia situação após visita
O Patriarca Latino de Jerusalém, Pierbattista Pizzaballa, criticou duramente a ofensiva israelense após visitar Gaza.
“Não temos nada contra o mundo judaico e não queremos, de forma alguma, parecer contra a sociedade israelense e o judaísmo. Mas temos o dever moral de expressar nossas críticas às políticas deste governo em Gaza com absoluta clareza e franqueza”, disse ao Vatican News.
Sua visita ocorreu dias após um ataque israelense atingir a única igreja católica de Gaza, matando três pessoas e ferindo outras dez – ação que Israel classificou como “erro”. Pizzaballa descreveu cenas chocantes: tendas superlotadas, condições “extremamente precárias” e crianças mutiladas nos hospitais.























